Fernando Kallás conta emoção com título da Libertadores do Botafogo: ‘Vejo qualquer vídeo de Buenos Aires e começo a chorar’

Fernando Kallás
YouTube/Charla Podcast

Jornalista botafoguense e correspondente da “Reuters“, Fernando Kallás esteve no Mâs Monumental no dia 30 de novembro de 2024, quando o Botafogo venceu o Atlético-MG por 3 a 1 e se sagrou campeão da Libertadores. Em entrevista ao “Charla Podcast“, ele lembrou como foi aquele momento e contou sua emoção.

Cara, eu não consigo ver um vídeo de qualquer coisa do Buenos Aires que eu começo a chorar. Que fim de semana. Foi uma peregrinação, né? Era a terra prometida. Eu, quando o Luiz Felipe Castro, da “Placar”, me convidou pra fazer a coluna de encerramento da edição dos campeões, que saiu no fim do ano, eu falei “cara, como é que eu vou escrever sobre um jogo que já foi falado de tudo?” O jogo mais importante do ano na América do Sul. Parei para pensar e falei assim, “de repente, eu tenho que falar sobre qual foi a minha experiência”. E aí fui passando por esses encontros, o encontro que eu tive contigo (Bruno Cantarelli), O encontro que eu tive com o Pedro Certezas, que você, o Certezas e talvez o Rodrigo Carvalho, que é o correspondente da Globo em Londres, são botafoguenses que fazem parte dessa minha última etapa, amigos botafoguenses que eu fiz nesses últimos anos, que eu moro já há quase 20 anos fora do Brasil, 15 anos na Espanha. Mas, assim, ir lá para Buenos Aires foi uma coisa muito louca, cara. Você ir encontrando com pessoas na rua… Porque, cara, eram muitos botafoguenses, 55 mil… De diferentes etapas da sua vida botafoguense, sabe? Pessoas que a gente ia no jogo juntos, na segunda divisão, no Caio Martins. Sabe, os amigos do meu primo mais velho, cara, que estavam com os filhos dele, pessoas que eu não via há 25 anos. Então, assim, foram encontros que precisavam acontecer pra fechar um círculo e que fechou com aquele último gol do Júnior Santos – destacou.

Foi uma peregrinação, foi uma viagem à Meca mesmo. Foi ir à Aparecida do Norte. O Monumental de Núñez é a nossa Aparecida do Norte. Então, aí, eu fui nisso, né? Assim, dessa coisa de terra prometida, da peregrinação, que vem o negócio de ser escolhido. Tinha que acontecer. Foi espetacular – resumiu.

Fernando Kallás lembrou ainda como foi a reação à expulsão do volante Gregore no minuto inicial.

O papo antes do jogo era assim, “cara, a gente é muito superior ao Atlético-MG, a única forma de a gente perder esse jogo é se, porra, de repente, em cinco minutos de jogo, um cara ser expulso ou ter um pênalti”. Com um minuto, o que acontece? E era aquele mantra que estava todo mundo falando. A única forma de a gente perder esse jogo era assim. E o que acontece? Cara, todo mundo ficou… Assim, toda aquela confiança que a gente tinha, né, de que tem coisas que só acontecem com o Botafogo, que (essa expressão) acabou, isso acabou já hoje. Assim, foi aquele negócio do sofredor, de que tudo vai dar errado. E, cara, veio naquele momento e era uma coisa muito louca, né, cara? Porque todo mundo chegou muito cedo ao estádio e fez um calor muito grande. Não tinha poucos atleticanos em Buenos Aires, tinha muito atleticano. Só que tinha muito mais botafoguenses – frisou.

Só que aí, cara, quando a gente viu que o Artur Jorge não fez uma substituição e que o time estava com a mesma cara… Porra, amigo, você vê o Mini-Messi Almada marcando na lateral esquerda o Hulk. Eu não sei o que esperar do Botafogo esse ano. É muito difícil esperar. Porque depois que você faz o que fez no ano passado, é impossível de chegar nesse nível. Mas, cara, eu acho que é muito difícil você conseguir. Caíram dois raios nesse time no ano passado. Que foram dois jogadores que estavam num momento que, se eles estivessem jogando no Atlético de Madrid ou na Juventus, sei lá eles iam estar arrebentando. Que eram o Luiz Henrique e o Almada. Eu acho que o Luiz Henrique e o Almada, no ano passado eram jogadores de elite europeia que estavam jogando na América do Sul – completou.

Veja o vídeo abaixo:

Fonte: Redação FogãoNET e Charla Podcast

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