Não está próximo um acordo entre Liga Forte Futebol (LFF) e (Liga do Futebol Brasileiro (Libra) para criação de uma liga de futebol unificada. A principal razão é que a LFF ficou descontente com a proposta que prevê uma espécie de “garantia” mínima de valores a Flamengo e Corinthians. A informação é do blog “Panorama Esportivo”, de “O Globo” nesta quinta-feira (9/3).
Os clubes reclamam que não há justiça em apenas duas equipes serem protegidas e as outras correrem riscos do novo contrato.
A LFF acredita que, com as garantias, a diferença de cota entre o primeiro e o último colocado pode ser de até seis vezes, enquanto ela defende que seja de no máximo 3,5 vezes.
Nesta semana, o presidente do Internacional, Alexandre Barcellos, questionou a proposta, em entrevista ao podcast “Dinheiro em Jogo”, do “GE”.
– Quando a Libra formulou as regras, colocou um período em que não quer perder receitas. No modelo deles, a diferença entre 1º e 20º chega a no máximo 3,4 vezes, porém este patamar será atingido após um período de transição de cinco anos ou R$ 4 bilhões em receitas. Hoje, esses direitos valem cerca de R$ 2 bilhões – lembrou.
– Aí faço uma provocação. O que isso quer dizer, em outras palavras? Alguns clubes querem garantir a sua receita e transferir o risco para os outros. Simples. O risco que todo mundo vai assumir num contrato novo tem que ser assumido por todo mundo. Estamos projetando um crescimento importante, mas não temos certeza disso. Fica muito fácil garantir seu recurso hoje e transferir o risco para os demais. Isto é como se todos os clubes que não têm mínimo garantido assinassem um cheque para quem tem, e quem não tem vai para o risco, inclusive com o investidor. São questões muito claras que precisam ser ditas. Se a gente mantiver isto, vai manter algo que ninguém tem hoje garantido no 1º dia após o encerramento dos contratos, que são distorções construídas ao longo do tempo – completou.