Artilheiro do Botafogo em 2021, Rafael Navarro foi fundamental na Série B e ajudou o time alvinegro a subir com o título. Entretanto, saiu no fim do ano de graça para o Palmeiras, após não aceitar renovação contratual. Diretor de futebol do Glorioso à época, Eduardo Freeland recordou o episódio e contou detalhes.
Em entrevista ao canal “Resenha com TF”, o ex-dirigente alvinegro comentou o assunto e negou que a responsabilidade tenha sido do ex-CEO Jorge Braga.
– Não dá para responsabilizar o Braga. Houve conversas com Navarro e com o representante, houve um acordo de que chegaríamos a um acerto. Mas obviamente o fato de ter feito cada vez mais gols e participações, mesmo eu acreditando que poderíamos acertar o que foi combinado anteriormente, foi mudando o rumo. A pedida foi muito alta para aquele momento. Tanto que depois aceitamos, mas falaram “não era mais isso”. Quando começou esse tipo de negociação, pensei que talvez não tivesse o interesse por parte deles. Navarro teve conduta muito profissional, não tirou o pé, se dedicou, queria fazer gol, ajudar o Botafogo, foi dedicado e comprometido. Mas o todo… Ouvíamos que se não renovasse com o Botafogo não jogaria no Brasil. É difícil sustentar isso quando chegam valores – analisou .
– Eu entendo isso, mas discordo. A conduta não foi a que tínhamos combinado e acertado, mas faz parte do jogo. Não dava mesmo. O Braga estava correto, porque estava colocando em xeque o mês seguinte, era uma análise mais global. Sempre foi uma coisa em conjunto. A única coisa que teve depois foi sugerir litígio e eu disse “não, vamos perder o jogador, melhor usar e no fim de ano sair de graça, mas subindo”. Durcesio (Mello, presidente) concordou, defendeu essa ideia. Mas em relação a não renovação infelizmente foi mais o lado de lá e ele ter brilhado na Série B que fizeram supervalorizar e o acordo que já tinha sido feito não caminhou – completou.
Rafael Navarro assinou com o Palmeiras até o fim de 2026, mas não se firmou. O atacante está encostado e sem espaço.
