Há oito anos no Botafogo, Gatito Fernández pode viver no último sábado sua maior conquista pelo clube, a Libertadores da América. Em entrevista à “Rádio Universo”, do Paraguai, o goleiro falou sobre o histórico título, que representa também um certo “alívio” após tantas dificuldades.
– Eu sempre dizia para minha esposa que não é possível que eu esteja há tanto tempo no Botafogo e não conseguia ganhar. Sabia que tinha algum propósito de eu estar aqui, e para felicidade de muitos veio a Libertadores. Internamente, no clube, sabem que são outros valores, outras coisas que pude transmitir a muitos companheiros que estão chegando ao clube, que hoje é totalmente diferente do que quando eu cheguei. Essas raízes estão vivas no vestiário, muito disso passar por mim e pelos anos que tenho de clube – disse.
– Estou muito feliz, no dia seguinte à final acordei para tomar café da manhã, sairíamos às 8h30 para voltar para o Rio de Janeiro, houve um atraso, e quando cheguei a taça estava na mesa do restaurante, foi muito emocionante vê-la de novo. Ela ficou comigo toda a manhã até sairmos do hotel, queríamos tirar foto de todos os jeitos com ela. Era um dos meus maiores sonhos como jogador e graças a Deus conseguimos – completou o goleiro.
Gatito ainda explicou como foi a festa do título, diante de uma multidão de botafoguenses na Zona Sul do Rio.
– Nosso grupo passou por muitas coisas no ano passado, muitos chegaram depois, mas o que estavam em 2023 guardaram muitas coisas, são muitas coisas que descarregamos com esse título da Libertadores – contou.
O goleiro alvinegro está em seu último mês de contrato com o Botafogo e foi perguntado sobre seu futuro. Ele falou que existe a possibilidade de ficar, já que é muito identificado, mas também deixou claro que tem a vontade de jogar com mais regularidade.
– Sim, há possibilidade [de ficar]. Ainda não sentamos para conversar sobre isso de forma mais concreta por causa da quantidade de jogos e viagens que estamos tendo. Creio que nos próximos dias ou pelo menos nesse mês ainda isso possa se resolver. É claro que quero jogar como qualquer outro jogador, gosto de jogar, de estar em campo, de ter aquele sentimento de pensar no jogo do dia seguinte, e estar na seleção. Isso é algo que também estou pensando e analisando. A prioridade é do Botafogo, por todo tempo que tenho no clube. Não sei como vai ser, meu sentimento é querer jogar, estar mais em evidência, joguei bastante esse ano, comecei o ano jogando, e depois não continuei. Foi uma decisão do Artur Jorge, e sempre respeitei isso – explicou.
