Gerente de projetos do Botafogo, Diego Mello é um dos executivos que chegaram ao Botafogo com a SAF e carrega a experiência de já ter trabalhado em Flamengo, Atlético-MG e empresas de consultoria, como a Ernst & Young. Em participação num painel sobre novas profissões do futebol, da plataforma “FootHub“, Mello explicou sua função e mostrou o grau de profissionalismo que existe no clube após a chegada de John Textor.
– Quando fui contratado, o objetivo claro do cargo era estabelecer uma rotina de acompanhamento de metas para todas as áreas da SAF, sejam elas desportivas ou corporativas. Como desdobramento disso, o gerente de projetos acaba que participa também de alguns desses projetos que são necessários para que as metas sejam atingidas. Processos mais estratégicos, que precisam de profissionais de outras áreas, o gerente acaba ajudando na execução. O escopo também compreendeu a estruturação da própria SAF, tendo em vista que era uma empresa recém constitutída – detalhou Mello.
O executivo falou também sobre as diferenças da SAF em relação ao modelo associativo, citando um fato que ocorreu quando ele ainda trabalhava no Flamengo.
– O que muda com a SAF principalmente é a menor interferência política na escolha dos profissionais. No modelo associativo, de uma forma ou de outra, ainda sofre-se uma interferência política na escolha de profissionais que vão ocupar cargos de direção. Vivi isso no Flamengo de 2018 para 2019 e praticamente todos os cargos de gestão foram trocados, por mais que a gestão de 2018 estivesse fazendo um trabalho muito bom de recuperação do clube – afirmou Diego Mello, fazendo uma ponderação:
– É claro que SAF não significa necessariamente boa gestão, assim como o modelo associativo não significa necessariamente má gestão. Há uma tendência na SAF de você ter longo prazo nos projetos que você define como prioritários, seu planejamento tende a ser de mais longo prazo e não tão sujeito a mudanças de ciclos de gestão.
Aplicativo para o torcedor do Botafogo
Durante sua explanação, Diego Mello revelou que o setor de marketing do Botafogo vem trabalhando no desenvolvimento de um aplicativo voltado para o torcedor alvinegro.
– Temos um projeto enorme de criar um aplicativo para o torcedor, que está sendo conduzido pelo gestor de marketing, mas com a participação de uma empresa de tecnologia do John Textor lá fora, que tem funcionalidades importantes como reconhecimento facial, etc… Esses projetos de tecnologia são rotina hoje não só aqui na SAF, mas no futebol como um todo – explicou.