John Textor foi novamente tema no programa “Redação SporTV”. O comentarista Gilmar Ferreira fez uma espécie de mea-culpa e pediu um comportamento diferente à mídia e aos clubes para tratarem as denúncias de manipulação de resultados feitas pelo acionista da SAF do Botafogo.
– Estou acompanhando com alguma expectativa todo o desenrolar da questão levantada por John Textor sobre manipulação de resultados de jogos do Campeonato Brasileiro. Está havendo muito açodamento. Para o bem, vejo a atitude do John Textor um pouco irresponsável, a maneira como verbalizou, tornou pública, mas acho que no fundo estamos sendo um pouco arrogantes em menosprezar e virar as costas para esse conteúdo, para esse trabalho que está sendo feito, para tentar colocar um ponto final nessa discussão, nessa desconfiança, sobre manipulação de resultados – iniciou Gilmar Ferreira.
– Passei os últimos dias analisando e vendo posicionamentos, já que estamos em momento de construção de duas ligas, será que não era hora de os dirigentes, mesmo os que se sentiram atingidos, se reunirem, se debruçarem sobre esse material e ver o que a inteligência artificial está oferecendo de mecanismos para tornar o futebol mais robusto em termos de arbitragem e utilização do VAR? Será que não estamos sendo arrogantes em desprezar? Depois do que ouvi e da coragem do Textor em encarar a CPI no Senado, jogando luz na narrativa dele, será que não precisávamos ter um pouco mais de calma e nos debruçar sobre esse problema? Em vez de ficamos preocupados com declarações de duas associações de árbitros tentando defender. Já vimos tanta polêmicas que está na hora de dar um passo à frente – pediu Gilmar Ferreira.
Já o comentarista Martín Fernández criticou o fato de o empresário americano estar apresentando suas provas e indício apenas de forma privada.
– Acho que o Textor tem que mostrar para todo mundo o que está falando. Ele dá declaração, fala que tem provas, que tem indícios, fez acusações gravíssimas contra o presidente da CBF sem apresentar provas. Quando é a hora de mostrar o que tem, são reuniões fechadas, no STJD, no Senado – reclamou.
– Esse é o problema. Não temos acesso ao que está sendo debatido – acrescentou a apresentadora Joanna de Assis.
– Algumas coisas são públicas, mas na hora de ver as reuniões são privadas. John Textor faria bem para ele e para o futebol brasileiro se tornasse público mesmo, para podermos ver. Quem deveria ter iniciativa de mostrar é ele – cobrou Martín.