Ex-zagueiro campeão de diversas competições pelo Botafogo, Wilson Gottardo hoje é técnico e já trabalhou como dirigente. Conhecedor de futebol, ele avaliou no podcast “Glorioso Connection”, nesta terça-feira (18/10), a situação de Matheus Nascimento no Glorioso, considerando que o jovem centroavante pode render mais.
– Não tem que entrar e resolver. Tem que entrar e jogar. É difícil, não o conheço no dia a dia, como é a personalidade dele, se é acanhado, tímido, introvertido, estou vendo de fora. Eu com 17 anos estava no profissional jogando uma Segundona em São Paulo, não existia falta naquela época, batia e apanhava (risos). Depois fiz teste no Guarani com 18 anos. O que falta ao Matheus Nascimento é posição, assume. O tenista começa a carreira com 5, 6 anos, com 20 já é veterano, pensando em desistir. Depois ficam feras, a fisiologia mostra que podem ir além. Atleta de futebol não, tem que mostrar. Com 18 anos ele já é adulto para jogar bola, tem que virar a chave. Não sei quem é o empresário dele, como a família o trata, tudo tem que ser avaliado. É um profissional, tem bola para jogar, mas tem que fazer por onde. Tem que ver também se o treinador está orientado da forma como tem que ser, como estruturar o Matheus Nascimento no jogo. Tem 18 anos, pegou Seleção de base, podia estar um pouco mais adiantado, até beliscando início de partida também – disse Gottardo.
O ex-jogador acredita que Matheus Nascimento precisa entender onde pode render melhor.
– Júnior Santos fez um jogo mais centralizado, que foi horroroso. Ficou off do jogo. Descobriu que consegue jogar melhor pela beirada. Tem sua maneira, carrega a bola, tenta arrastar, mas quem dá o norte é o treinador. O Matheus Nascimento tem que ter uma posição, sentir o que pode fazer, e até jogar em mais de uma posição. Trabalho com jogadores de clubes humildes, falo que tem que jogar em três posições, problema deles, uma 100%, uma 95% e uma 90%. O futebol de hoje existe que atleta seja versátil, desempenhe em mais uma de função – explicou.
– O atleta tem que ser o maior interessado nisso tudo, ele tem que evoluir. O pai do Matheus Nascimento não pode falar para finalizar melhor com a perna esquerda, ele que tem saber isso. O cabeceio também. O atleta tem que ser o maior interessado, nem tudo o Castro vai falar para ele – completou.
