Gregore conta conselhos de Victor Sá para fechar com o Botafogo e diz que se apaixonou pelo clube: ‘Não tem como falar que não’

Gregore conta conselhos de Victor Sá para fechar com o Botafogo e diz que se apaixonou pelo clube: ‘Não tem como falar que não’
Arthur Barreto/Botafogo

Volante do Botafogo, Gregore teve influência de Victor Sá para fechar com o clube. Quando recebeu a proposta alvinegra, o jogador, que estava no Inter Miami, ligou para o companheiro para obter mais informações e gostou do que ouviu.

– Eu tinha jogado com o João Victor (Victor Sá), que foi para a Rússia. Joguei com ele no São José. Eu liguei para ele e falei, conversei com ele, que falou, “irmão, aqui o elenco é maravilhoso. As pessoas que trabalham no Botafogo, todos, todos”. Não falou só dos jogadores, falou de todas as áreas, pessoas profissionais, são super seres humanos. “Vão te receber bem, pode vir”. Aí entra a parte burocrática, né, que é o contrato. Aí, na época, era o diretor (André) Mazzuco, me ligou e falou, “vem, você vai ser um jogador importante aqui para a gente. O projeto aqui é a gente brigar por coisas grandes, títulos. Ano que vem a gente está na Libertadores“. E é um campeonato que eu não tinha jogado ainda. Então, acho que isso me motivou bastante. O que mais me impactou foi o grupo que tinha, porque você precisa de jogadores importantes ali dos seus lados para você conquistar coisas grandes. E esse cuidado que o Mazzucco teve, de falar, “pô, a gente está te acompanhando”. Falou meus números lá, como eu ia me encaixar etc. Esse cuidado eu tive que me impactou bastante e não foi uma decisão difícil, não, de vir pra cá, não. E hoje, graças a Deus, eu estou muito feliz aqui. Agradecer todo mundo do Botafogo, todos os funcionários que me receberam muito bem, a torcida, o carinho que a gente tem. Isso só faz a gente se motivar mais e mostrar que a escolha foi certa – destacou Gregore, em entrevista ao “Canal do TF”.

O volante não teve dúvidas as responder se já se apaixonou pelo Botafogo.

– Sim. Não tem como falar que não, porque é um clube que teve o cuidado lá do início. Você chega aqui, você encontra os seus companheiros de trabalho todos com o mesmo propósito que você, com um lado humano surreal. Então, acho que é um clube que eu tenho um carinho muito enorme e prometo me dedicar ao máximo pra conquistar as coisas. Nossos sonhos, né? – afirmou Gregore, que comentou ainda a paixão da torcida.

– Pra mim, é um motivo de felicidade. Quando eu vejo o amor das pessoas com a gente, é um motivo de muita felicidade pra mim. Quando eu vou jogar no Nilton Santos, lógico que a atmosfera ali é diferente, é nossa casa. A gente está do lado do nosso torcedor. Eles são muito importantes para nós. Mas eu acho que só de você estar defendendo um clube do tamanho do Botafogo tem que ser um motivo de felicidade pra você. Não precisa ir muito para trás, mas a história do Botafogo já diz muito isso. A camisa que você está vestindo, o escudo. Outro dia, o Marlon (Freitas) foi muito feliz numa fala dele. Ele falou, pô, a gente está aqui, somos 40, não vou acertar o número que viaja, mas a gente tem muita gente que está aí para trás. É um motivo de muita alegria você estar podendo representar essas pessoas. Às vezes saem umas fotos que eu estou até sorrindo quando estou entrando, porque estou feliz naquele momento. É uma felicidade que até eu encontro lá, porque eu olho aquilo, aquele mosaico maravilhoso. Aquele palco armado para a gente é um motivo de alegria e acho que essa alegria é transformada em motivação, em garra, te dá aquele algo a mais, te estala ali e você fala, “não, hoje eu vou dar minha vida aqui por esse clube, por essa torcida” – acrescentou.

Veja outras respostas de Gregore:

Sonho de Seleção Brasileira. É palpável?

– Palpável, não sei se é a palavra certa, mas eu sempre trabalhei para chegar lá. O ápice do jogador é a seleção. Não tem como você falar não, ah, não quero ir para a seleção. Pô, está louco. Eu fiquei mais feliz pelo gol do Luiz Henrique e do Igor Jesus do que por coisa que eu conquistei. Porque você vê o seu companheiro que está aqui dia a dia com você realizando um sonho que você quer estar lá. Eu fiquei muito feliz por isso. Então eu acho que é um sonho que eu tenho e vou seguir trabalhando até o último jogo da minha carreira para realizar. Então eu acho que é um sonho sim.

Sonho de títulos no Botafogo

– Tenho um sonho também de ser campeão com o Botafogo, tenho esse sonho e vou trabalhar, fazer de tudo o que eu posso fazer para poder realizar esse sonho. Eu acredito que que a gente, se Deus quiser, conseguir esses dois títulos aí, primeiramente a gente vai botar o clube num patamar impressionante. Vamos trabalhar o dia a dia para conquistar esse sonho aí que a gente tem e, se concretizar, a gente fazer uma festa linda aí que o torcedor merece. Eles vão fazer essa festa que a gente merece também.

Marcação forte

– Isso aí foi uma construção de longo prazo, né? Foi esse entendimento que eu tenho hoje de fazer coberturas, de entender, de me posicionar melhor em campo, saber o meu papel no time, que hoje a gente tem jogadores muito qualificados do meio para a frente. Eu venho buscando ajudar o time de alguma forma, acho que essa forma é fazendo desarmes, defendendo bem, para os jogadores lá da frente sobressaírem.

Readaptação ao Brasil

– Acho que a readaptação não (foi difícil), porque lá nos Estados Unidos o jogo é muito intenso. Mas a gente acaba jogando menos partidas, né? Então acho que essa coisa de jogar mais, de jogar uma Libertadores, de estar num grupo muito qualificado, da exigência que a gente está tendo esse ano, eu acho que isso eu tive que readaptar um pouco, de acostumar com isso. Mas eu pude acostumar rápido. Eu cheguei aqui, vi os jogadores e falei “a gente tem que brigar por alguma coisa, não tem jeito”. Isso foi a minha readaptação. Dentro de campo, não, porque acho que eu já venho fazendo esse trabalho já durante a minha carreira. Foi mais essa questão de jogar muitas partidas, de estar jogando uma Libertadores, estar jogando um Brasileiro, que é um campeonato muito competitivo. O Carioca também te dá essa base também pra você entrar nessas competições já preparado.

Crescimento com Busquets

– Foi um aprendizado muito grande, porque são características diferentes. Na característica que ele tem, ele é o melhor do mundo ao meu ver. Então, eu pude aprender muito e é uma atleta também que ele tem muito de querer te ensinar, não te ensinar que como você é da mesma posição, ele toma aquele cuidado de, “pô, eu não sou professor dele não”, ele consegue conversar na mesma altura que você. Então, te dando uns toques ali, “pô, se posiciona aqui, posiciona seu corpo assim, aborda a bola assim, olha aqui, então”. Foi um aprendizado muito grande ter esse tempo de trabalho com o Busquets.

Convívio com Messi

– Falando da experiência de jogar com o melhor do mundo, foi para mim uma experiência que eu não esperava, eu estava lá há dois anos, quando surgiram as notícias. E quando ele chegou, a coisa que eu pude mais aprender com ele é o que eu estou falando aqui, de amar a profissão. Ele mostrou para mim que, independentemente de que ele já ganhou tudo, tudo como atleta na profissão, ele continua amando o que ele faz, segue fazendo o que ele sempre fez. Essa coisa de amar a profissão, de você amar o que você está fazendo, de você se dedicar, se você se entregar ali, você vai ter o retorno. Foi um grande aprendizado para mim. A gente tinha contato com ele dentro de campo. Fora de campo, a gente tinha o contato de viajar junto, de se concentrar junto, mas eu não tinha muito contato com ele de poder falar da pessoa dele. Mas como profissional, sem palavras.

Expulsão injusta contra o Bahia

– A primeira coisa que passou na minha cabeça ali foi que ia deixar meus companheiros com menos um em campo. Acho que na hora eu fiquei e falei, “caralho, os caras vão ter que correr para caramba”. A mais, já correm muito, mas vão ter que correr muito mais agora para a gente buscar essa classificação. E depois, vendo o lance, também me deu um pouquinho de tristeza, porque foi uma decisão do árbitro e a gente é ser humano igual, a meu ver foi um erro dele. Mas eu já virei essa página, já nem olho para isso mais. Eu olho mais para o dia de hoje e o de amanhã. O que já passou é que sirva de aprendizado para alguém. Porque se não foi um erro meu tem que servir para alguém. Não vejo que é falta de caráter, não vejo dessa forma não. Acho que ele cometeu um erro ali, não sei se ele vai ter, se ele vai reconhecer o erro ou não. Eu vejo que o que eu posso controlar é eu fazer meu trabalho hoje, ter fé no que está por vir. Já virei a página.

Fonte: Redação FogãoNET e Canal do TF

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