Torcedor do Botafogo e comentarista do programa “Fim de Papo”, do “UOL Esporte”, Hélio de la Peña destacou que o clube hoje é outro e “passa segurança”. Ele está confiante para o jogo da volta contra o São Paulo, nas quartas de final da Libertadores, apesar do empate em 0 a 0 no Estádio Nilton Santos.
– Há muito tempo o Botafogo não dá uma sensação de segurança para o torcedor. É algo novo, em uma taça em que a gente está de novato, porque a última vez que chegou às quartas foi em 2017 – e antes, fazia séculos. Essa situação é nova para o Botafogo e para os outros torcedores de outros times. O Botafogo é um novo player no cenário do futebol brasileiro. O primeiro tempo foi um massacre; o Botafogo teve um zilhão de chances. E assim, eu posso te falar da sensação que a gente teve. Primeiro durante o primeiro tempo, porque foi de fato um massacre do Botafogo, a gente teve zilhões de oportunidades, eu não vi o São Paulo, o nosso John podia dormir ali debaixo da trave porque nada chegou a ele, foi completamente dominador o Botafogo no primeiro tempo – destacou Hélio de la Peña.
– E uma coisa até que irritava um pouco a gente, que era a cera que, sobretudo, o Rafael fazia. Inclusive, em função disso, eu trouxe até um cotonetezinho para ir removendo um pouco da cera, que foi demais, foi demais, entendeu? E eu acho que, de certa forma, o juiz foi conivente com essa cera, porque ele não deu o desconto suficiente. Foi demais, foi demais. Agora, o negócio é o seguinte, eu já tinha vivido isso no jogo contra o Corinthians, quer dizer, quando você faz, você está ali, e bola na trave, e quase faz, e não sei o quê, e você não realiza a sua vantagem, isso, obviamente, vai afetar o desempenho no segundo tempo, até porque o time começa a ficar nervoso, começa a ficar afobado, querendo colocar no placar a vantagem que estava acontecendo durante o jogo – analisou.
Para Hélio de la Peña, o Botafogo tem plenas condições de se classificar, enquanto torcedores do São Paulo estão se apegando à história.
– No primeiro tempo, o São Paulo não segurou o Botafogo, quem segurou foi o azar, a falta de pontaria, qualquer coisa, menos o São Paulo. Então, a sensação que a gente teve foi de frustração, claro, porque o jogo, a gente tinha tudo para ganhar aquele jogo, mas a gente não voltou para casa assim desanimado e achando que não vai dar, pelo contrário. Pelo futebol apresentado pelo Botafogo, o futebol apresentado pelo São Paulo, a gente vai confiante no segundo jogo – explicou.
– Bom, temos o estádio, tem a camisa, tem a tradição do São Paulo na Libertadores, mas a verdade é que hoje a gente tem que considerar o seguinte, o Botafogo de 2024 é uma novidade, não é o Botafogo de 2023 e nem dos anos anteriores, é um outro time, é uma outra SAF, um outro poder de compra, enfim, é uma outra coisa, sabe? Eu acho que as pessoas estão muito analisando, eu vejo até um certo otimismo, eu vejo apenas os comentários que me chegam da galera, dos tricolores que chegam para mim, e eu vejo que são comentários que estão vendo um jogo olhando para o retrovisor, porque se ele olhar para o campo, vai ficar meio assustado – completou.