Hulk: ‘Tem dois momentos que vivi que foram os piores, o 7×1 e a final da Libertadores. Parabéns ao Botafogo, mas perdemos para nós mesmos’

Hulk: ‘Tem dois momentos que vivi que foram os piores, o 7×1 e a final da Libertadores. Parabéns ao Botafogo, mas perdemos para nós mesmos’
Pedro Souza/Atlético-MG

Huk tem dois grandes traumas no futebol. Um deles, a goleada sofrida por 7 a 1 com a Seleção Brasileira para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014. Outro, a perda da final da Libertadores com o Atlético-MG para o Botafogo por 3 a 1, em 2024.

O próprio centroavante admitiu que esses dois jogos marcaram negativamente.

– Ambiente de velório. Dois momentos que eu vivi no futebol que foram os piores, que eu não quero viver mais na minha vida. Sair do 7×1 e a final da Libertadores. Tipo assim, não desrespeitando o Botafogo, que fez tudo, parabéns ao Botafogo pelo título. Fez uma campanha excepcional na Liberta, é isso. Mas assim, cara, com todo respeito, parabéns ao Botafogo, mas a gente perdeu para a gente. Para nós mesmos – lamentou Hulk, ao “Charla Podcast”.

– Quando o Gregore foi expulso, o Alex Telles estava do meu lado e falou assim “agora fodeu”. Cara, a sensação de impotência, assim, sabe? Tipo assim, não é possível, velho. Não é possível. E a gente esperava um comando lá de fora, né? Ainda no primeiro tempo, e não vinha nada. Porque se você for lá assim, não questionando, o Milito é um cara que eu tenho o máximo respeito, como ser humano, muito bom treinador, um cara que entende muito de bola. Para mim, é um dos caras que eu trabalhei assim, apesar de ser jovem, é um cara que entende muito. Mas pecou naquele momento ali da final. Porque se você pegar o time que estava em campo contra o Botafogo, o time que entrou era o mesmo time contra o Fluminense em casa. Você lembra o que aconteceu contra o Fluminense em casa? A gente atropelou o Fluminense. Os caras não aguentavam. Cara, era o mesmo time. Ele fez o quê? Jogou o Scarpa para a esquerda, me jogou para a direita, deixou o Paulinho e o Deyverson na frente. E a gente criando jogada. Cara, a gente atropelou o Fluminense. E na minha cabeça, eu achava que ele ia fazer isso ali. Quando o Gregore foi expulso, faz isso. Porque ele abriria duas pontas. A gente tinha a bola do Scarpa, que cruza muito bem dali, a gente tinha o meu um pra um, que eu ia pra cima dos caras. Na minha cabeça era aquilo. E eu tentando, tanto que no segundo tempo ele fez. E olha o que a gente criou. Olha quantas bolas a gente criou. Tem o gol do Vargas e depois tem mais duas chances. Tem a bola que eu cruzo pro Deyverson também. Tem um chute que o John pega. A gente criou pra caramba – disse Hulk.

– Claro que a gente não tem que ser injusto. Futebol quando você faz e dá certo, todo mundo aplaude. Como o Milito fez contra o Cruzeiro na final, que a gente tomou um gol, tinha empatado o primeiro jogo em casa, tomou um gol lá no Mineirão, só com torcedor do Cruzeiro. E ele faz uma mudança e fica todo mundo sem entender. A gente não treinou aquilo ali. A gente mete três no Cruzeiro lá e é campeão. Cara, ele tem um mérito dele. A gente jogou contra o Cruzeiro agora, o Gabriel é expulso, o Cuca é de imediato, é malandro, lê o jogo na hora, mudou. A gente controlou o jogo todo. Entendeu? Mas tem situações que você vai mexer e vai dar errado. Mas assim… Quando os caras mexem de imediato, você não dá tempo para o outro treinador pensar. Entendeu? E na hora quando o Gregore é expulso, o treinador do Botafogo chama o Danilo Barbosa. Aquece, aquece, tal, tal, tal. O que eles vão fazer? Ficou esperando. A gente não fez nada – resumiu.

Fonte: Redação FogãoNET e Charla Podcast

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