Ídolo do Botafogo, Loco Abreu deu divertida entrevista ao cantor botafoguense Leo Russo, divulgada nesta terça-feira, no canal “Samba que é Gol”. Entre histórias no clube, lembranças do título de 2010 e grandes momentos como a cavadinha, além da identificação com a torcida, o ex-centroavante uruguaio deu uma sugestão.
Para Loco Abreu, o Botafogo pode aproveitar melhor seus craques históricos para ajudar na formação e identificação dos jogadores atuais com o clube.
– Acho que falta nos clubes principalmente, se tem a possibilidade de ter a história viva presente, os jogadores que marcaram época, trazer para os clubes, poder conviver com os garotos. Sou um privilegiado que a tecnologia vai ajudar a lembrarem de mim, mas os jogadores dos anos 60, 70 e 80 não tinham. Por que falam que a camisa é pesada? Por que tem quatro quilos a mais? Não, é porque tem história. Quem fez? Os jogadores que ganharam títulos, que foram para Copa do Mundo. Se tem algum deles vivos para poder participar, estar perto da garotada, compartilhar histórias, como se preparavam e como jogavam pelo coração do clube. Você vê o Manga, deixou os dedos todos quebrados por querer conquistar no Botafogo – citou Loco Abreu.
– Tem que ter historiador para mostrar à garotada por que o Botafogo é o grande. Para que o garoto entre de outra forma. Quando eu soube que ia para o Botafogo, a primeira coisa que fiz foi comprar livro, para saber onde vou jogar, que time, que torcida estará apoiando. Isso tem que ser institucional, é um aspecto fundamental para resgatar um sentido de pertencimento institucional, que todo garoto jogue sabendo a história dessa camisa – explicou.
Hoje treinador de futebol, Loco Abreu respondeu se pretende ser técnico do Botafogo um dia.
– Tem perguntas que tem respostas sozinhas, nem precisa que eu fale. Com certeza. O livro do destino tem uma folha preparada para esse momento, tem que esperar o momento certo, mas essa folha vai chegar – completou.
