Um Igor Jesus diferente dos últimos jogos. Com Renato Paiva, o centroavante tende a ficar mais na área, sem sair tanto para buscar a bola. Foi o que ele contou em entrevista coletiva nesta quinta-feira, no CT Lonier.
– Eu acho que ele tem me cobrado bastante, porque ele tem pedido para eu ficar mais dentro da área, porque eu estava saindo muito e isso causava dificuldade para eu fazer o gol, porque centroavante tem que estar dentro da área e qualquer bola rebatida tem que estar preparado para fazer o gol. E com essa certeza agora é que eu vou ficar fixo dentro da área para que, quando tiver as oportunidades, poder marcar – explicou Igor Jesus.
– Hoje o meu jogo é muito mais fixo dentro da área. Não preciso sair tanto, porque tem Sava e Santi, que ficam entrelinhas, para receber essa bola. O único trabalho agora é fazer o movimento nas costas da defesa e achar o melhor espaço para finalizar em gol. Você se sacrifica menos, não precisa participar das construções, porque você tem jogadores de qualidade no meio, para achar o melhor espaço – acrescentou.
O centroavante contou que vê Santiago Rodríguez bem parecido com Thiago Almada, que se transferiu para o Lyon, e analisou o estilo de jogo alvinegro.
– Eu acho que no treinamento o que tem mostrado é que nós estamos tendo mais paciência de rodar a bola, de trabalhar a bola, para achar o melhor momento de entrar na linha dos adversários. Eu acho que o Santi é um cara que tem o mesmo estilo do Almada, um cara que tem muita qualidade com a bola no pé, consegue achar os passes no momento que eu consigo atacar as costas dos zagueiros. Eu acho que é um cara que vai ajudar bastante, como o Savarino, o Artur, o Matheus (Martins), para que possamos fazer grandes jogos esse ano e sair com as vitórias – declarou.
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Estilo Renato Paiva
– Eu acho que ele é um cara muito agressivo, em termos de jogo. Um cara que verificou onde nós estávamos dando muito espaço aos adversários. Com pouco tempo de trabalho, ele tem dado muito ênfase em relação a isso. E eu acho que ele é um cara que gosta de sair construindo desde trás. E, lá na frente, a gente tem qualidade para achar o gol da melhor forma e fazer os gols que a gente precisa bastante.
– Eu acho que todos os treinadores que eu tive na minha carreira não são muito diferentes do Paiva. Ele é um cara sempre que abraça os jogadores da melhor forma. Sempre quer ter perto, mostrar o que é certo, o que é errado, o que nós estamos pecando e o que nós estamos acertando. Então esse é o Paiva, um cara que quer sempre aperfeiçoar o trabalho aqui dentro do clube para que possamos dar um bom resultado durante a temporada.
Início de 2025
– O Botafogo está sempre procurando melhorar. Infelizmente, não foi o começo de ano que nós queríamos, mas com a chegada do Paiva tem nos ajudado bastante. Eu acho que o sistema tático tem mudado bastante. Ele tem organizado a equipe muito melhor e é o cara que está colocando o trabalho em dia, um trabalho que é interessante para nós, porque não é muito diferente do que o Artur Jorge fazia ano passado. É trabalhar pouco a pouco e manter o foco para que possamos aperfeiçoar cada vez mais nos jogos.
Concorrência no ataque
– Eu acho que é importante. É lógico, mas a competição interna é melhor para nós, porque saímos das zonas de conforto. E quando você acaba sendo somente você na referência, você acaba entrando em uma zona de conforto. Isso não é bom, porque eu quero sempre evoluir, quero sempre disputar e foi por isso que eu voltei ao Brasil. Porque eu acho que, na Arábia, você ganha muito dinheiro, mas acaba perdendo essa competição interna e acaba deixando de evoluir. E estou feliz, estou feliz por tudo o que vem acontecendo. O grupo está muito mais leve. Então, chegado aqui no Paiva, tem nos passado bastante confiança. Agora é mostrar o nosso trabalho dentro de campo.
Ficar fora da Seleção Brasileira
– É complicado, né? Sabemos que a Seleção é um fator importante na carreira do jogador. Todo jogador quer estar entre os melhores do país. Infelizmente, não pude ser convocado, mas isso já passou. Estou pensando aqui no Botafogo agora. Espero dar uma volta por cima, para que eu possa voltar à Seleção.