O Botafogo ainda não engrenou nesse começo de temporada 2024, com o time fora do G-4 do Campeonato Carioca, reforços ainda se ambientando e o trabalho do técnico Tiago Nunes contestado. O início claudicante do Glorioso foi tema de debate nesta quarta-feira no “Seleção SporTV“. O apresentador André Rizek começou fazendo um pequeno desabafo.
– Depois do que foi ano passado, eu esperava o Botafogo voltar para esse ano com raiva, sabe? Dar um bico em 2023… E a impressão que eu tenho é que 2023 do Botafogo ainda não acabou. Voltou na mesma pegada, sei que é apenas início de temporada, mas esperava ver um time mais incomodado em campo, com mais raiva daquilo que passou, e ainda não vi isso – disse Rizek.
Comentarista na mesa, Jéssica Cescon concordou com o âncora.
– Entendo o profissionalismo do futebol, o jogador talvez não possa sentir a mesma coisa que o torcedor sente, mas esse grupo, por mais que tenha jogadores que chegaram agora, eles precisam chegar e entender essa dor história quando entrarem em campo, precisam se incomodar da mesma maneira, precisam comprar essa briga. Não sei se está acontecendo – opinou Jéssica.
Estreante na função, Eric Faria fez uma defesa dos jogadores e creditou o momento de instabilidade ao início de trabalho de Tiago Nunes.
– Eu acho que eles se incomodam sim. Por mais que haja temperamentos diferentes, no fundo todos estão incomodados. Custo a acreditar que um atleta desse não tenha se incomodado com o que aconteceu, não tenha virado o ano chateado, “p” da vida. Atleta profissional vive disso, desse sangue na veia. Acho que tem mais a ver com a questão tática, técnica, dos caras estarem voltando, do Tiago agora estar tentando botar o estilo dele. A Libertadores pode ser um ponto de virada – disse Eric, sendo acompanhado por Roger Flores.
– Eles estão sentido, estão até envergonhados de uma certa forma, só que tem que mudar o clima. O clima se muda dentro do CT, no dia a dia. Se todo mundo chega triste, a coisa não vai andar. Alguma coisa tem que acontecer no ambiente para que torne o ambiente mais leve. Ele está pesado ainda. O Tiquinho é um que você olha para ele e vê que está abatido – afirmou Roger.