Interinidade, envios de plano de jogo para John Textor, classificação e número ideal de jogadores para elenco: Fabio Matias detalha temas no Botafogo

Fabio Matias, do Botafogo
Reprodução/SporTV

Técnico interino do Botafogo, Fabio Matias concedeu na tarde desta quinta-feira (14/3) uma esclarecedora entrevista coletiva no programa “Seleção SporTV“. O profissional comentou diversas temas, como a classificação para a fase de grupos da Libertadores-2024, a interinidade, o número ideal de atletas para o elenco e a relação com John Textor.

💬 Leia abaixo os principais pontos:

Ida para a fase de grupos

– Foi difícil, já sabíamos da qualidade do adversário, o Red Bull Bragantino vem desenvolvendo trabalho de excelência, isso nos geraria muito desconforto no jogo. Mas conseguimos a classificação.

Função no Botafogo

– Hoje dentro do Botafogo sou auxiliar permanente do clube, venho para essa função. Lógico que a ideia nossa de construção para a carreira mesmo é treinador, não de auxiliar. Se pegar minha carreira toda, nunca fui auxiliar. Vi no Botafogo essa oportunidade de fazer transição da base para profissionais, que é difícil. Venho ao longo dos anos tendo bons trabalhos na base, isso foi solidificando, até chegar no teto da base, que é o sub-20. A vinda para o Botafogo foi para dar um salto, vivenciar o profissional. Já tinha vivenciado em outros times, tive jogos em Internacional, Flamengo e Fluminense. As pessoas às vezes não nos conhecem, acham que somos marinheiros de primeira viagem, mas estamos aí há um tempo na estrada. Hoje exerço a função de auxiliar permanente no clube, tenho que deixar as coisas organizadas para o caso de o clube trazer um treinador como número 1.

Evolução do Botafogo

– Sabemos os pilares em relação às questões do jogo, técnicos, táticos, físicos e psicológicos. O Botafogo tem uma identidade, apresentava desde o ano passado, é óbvio que é uma equipe em construção, com novos jogadores chegando. É uma equipe sendo construída com base nos jogadores que estavam aqui ano passado. Temos que ajustar algumas coisas, posições, jogar mais com a bola, são coisas para trabalharmos. Tivemos rotina muito pesada desde que cheguei, sem tempo para trabalhar algumas questões, vamos em caso pontuais construindo coisas importante no contexto. o grupo é forte, vem trazendo jogadores que outro clubes gostariam de ter. Cheguei no dia 7 de janeiro, de lá para agora é que fazemos toda nossa análise e observações.

Relação com John Textor

– Tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente semana passada quando ele esteve aqui no Brasil. Tivemos uma conversa muito interesse com ele, duas ou três horas, para entender um pouco o que ele entende sobre futebol. Ele é acima da média, e olha que trabalhei com muitas pessoas. Tem leitura interessante em relação a jogo e a jogadores. Foi muito mais para escutar o que ele pensa sobre futebol. Conheço muita gente. Eu faço um plano de jogo e envio para o Textor, o que executo, elaboro e construo com a comissão técnica, para ele entender o que estamos fazendo e se está condizente com o que ele tem feito. Já era um hábito meu, fazer esse plano de jogo, temos a capacidade de enviar para ele. Começa a coordenar ações, ideia do treinador com o que o clube quer. Pós-jogo temos essas conversas, nós, (André) Mazzuco), Alessandro (Brito), Augusto (Oliveira), (Joel) Carli, que é muito importante no processo. Trocamos figurinhas, sempre em conjunto com as pessoas do clube.

Quer ser treinador?

– Todos temos ambições. Independentemente de ser no Botafogo ou em outro clube, tenho ambição de ser treinador, mas quando vim para cá, entendo minha posição. É ajustar e organizar as coisas para quem vem. Se em algum momento o clube optar por mim, não vejo problema da minha parte. Se o clube optar por outro, também não tem problema nenhum. A gente segue na rotina do clube. Vejo muitos profissionais, amigos, que saltam muito rápido, batem e voltam. Nunca fui jogador, construí de maneira diferente, passando por processos. Nunca foi intenção minha recomeçar tudo. Quando chegar no teto, bater no teto, preciso me manter. Se o clube entender que é o momento ou não, ótimo. Esse entendimento a gente tem que ter. Não sou mais um menino, um guri, já tenho certa experiência para entender o processo e a posição que estou hoje. Minha intenção é um dia ser treinador, lógico que as coisas acontecem rápido, não esperava estar no comando na Libertadores e no Carioca. Aparecem oportunidades, você tem que aproveitar da melhor forma possível.

Júnior Santos ou Luiz Henrique?

– Vou usar uma frase que sempre uso. Jogador bom tem que estar jogando, nós nos viramos para ajustar. Isso é uma questão de ajuste. Temos que ter paciência em relação a jogadores que voltam do departamento médico, são ativos, temos que saber a hora do retorno. A temporada é pesada. Temos a fase de grupo da Libertadores, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. Precisamos ter de 24 a 28 jogadores de nível top, é o que Botafogo pensa, porque há lesões, suspensões e convocações. Sempre acreditei nisso, jogadores bons têm que estar jogando. Estrategicamente, você precisa ter opções e elenco forte, valorizando todos. É bom para a equipe e para o clube. Não se escala por nome, mas por competência e condição técnica. Luiz Henrique é um baita jogador, um baita guri, nos impressiona, assim como Júnior Santos vem fazendo por merecer tudo que está acontecendo na carreira dele.

Fonte: Redação FogãoNET

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