Investigação sobre Máfia do Apito começou com áudio também, recorda André Rizek, autor da reportagem que revelou esquema em 2005

Investigação sobre Máfia do Apito começou com áudio também, recorda André Rizek, autor da reportagem que revelou esquema em 2005
Montagem/Reprodução/SporTV

Hoje apresentador do “Seleção SporTV”, André Rizek foi o responsável por revelar o esquema que ficou conhecido como Máfia do Apito em 2005, ao publicar reportagem que foi capa da revista “Veja” na ocasião. Nesta sexta-feira, o jornalista recordou que a história começou com um áudio.

E é um áudio que John Textor, acionista da SAF do Botafogo, diz ter, com um árbitro revelando ter recebido propina. O assunto domina o noticiário desde a noite de quinta-feira, quando o jornal “O Globo” publicou declarações do norte-americano revelando ter provas de corrupção na arbitragem brasileira.

– A Máfia do Apito começou com áudio também. Minha chefe (Thaís Oyama) recebeu uma denúncia de que havia manipulação de resultados no Campeonato Paulista de 2005. Ela me deu a ordem para ir atrás. A fonte queria conversar comigo e entregar o material. Eu fui à cidade em que ela (a fonte) morava e ela me mostrou a gravação. Era a gravação de um árbitro, Paulo José Danelon, dando justificativas ao empresário Nagib Fayad, chefe do esquema, ele havia sido pago para garantir a vitória do Santos sobre o Guarani, e não conseguiu. Ele argumentou que fez tudo que podia no jogo, mas não conseguiu garantir o resultado. Isso aconteceu várias vezes com o Edilson (Pereira de Carvalho, ex-árbitro). Esse é o motivo que leva o Danelon a trazer o Edilson para o grupo, ele tinha que correr atrás do prejuízo – contou Rizek.

– Quando peguei a fita, achei que era cascata, qualquer pessoa poderia gravar uma fita. Achei que não daria em nada. Me fiz passar por um vendedor de call center, gravei essas pessoas e periciei com um perito que trabalhava na Unicamp para saber se a voz das pessoas batia, e batia. A partir daí comecei minha investigação, acionei o Ministério Público e a Thaís procurou a Polícia Federak. Podia não ser nada, eu até achava que não era nada – lembrou.

Durante o programa desta sexta-feira, André Rizek disse que John Textor tem, de fato, sob sua posse um áudio de um árbitro revelando ter recebido propina, mas afirmou não saber qual é o árbitro gravado, qual jogo ou qual competição. O STJD já abriu inquérito e vai solicitar ao dono da SAF do Botafogo o áudio para investigar o caso.

– Esse áudio não tem nada falando algo do tipo: “Roubei o Botafogo, ajudei o Botafogo”. É um áudio… (…) Sei que existe um áudio de um juiz que recebeu uma propina. Existe um áudio sim. Se esse áudio é sobre a Série A, Série B, Série C, que ano que é, não faço a menor ideia. Pode ser uma bomba, mas pode não ser absolutamente nada – disse Rizek.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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