Técnico do Atlético-GO, que conquistou o acesso na Série B do Campeonato Brasileiro, Jair Ventura iniciou a carreira de treinador no Botafogo. Em entrevista ao programa “Bola da Vez”, da ESPN, ele foi perguntado sobre o ano de 2016, no qual o time teve a Arena Botafogo, na Ilha do Governador, como arma, e se classificou para a Libertadores.
– Foi nosso caldeirão. Foi inesquecível, o trabalhou que me projetou. Tem coisas que só acontecem com o Botafogo, foi a primeira vez que um time começa na zona do rebaixamento no returno e termina na Libertadores. Estreamos com 1 a 0 no São Paulo no Morumbi, gol do Sassá, então não era só em casa. Fomos de 17º para quinto, foi um campeonato fantástico. É clube que projetou, tenho carinho gigante, chego como estagiário, saio como treinador com 99 jogos. O campo não era dos melhores, mas ganhamos jogos importantes fora também, como contra o Grêmio na Arena, não foi só o nosso campo – frisou Jair Ventura.
Perguntado sobre o que ocorreu no Botafogo em 2023 para deixar o título brasileiro escapar, Jair preferiu não se aprofundar.
– É difícil falar. Acompanhamos, mas estávamos muito focados no nosso trabalho. Agora estou cuidando da minha filha nas férias, quando paro vejo jogos. É difícil, fizeram o melhor primeiro turno da história. Uma coisa posso falar que é sobre trocas excessivas de treinador. É metodologia, muda bastante, bola parada, jogar com ou sem a bola, chega a hora que o cara fica sem saber o que fazer. Mudança de trabalho é difícil – disse.
Outra pergunta para Jair foi se aceitaria assumir o Botafogo na reta final. Ele respondeu de forma educada.
– Eu não falo de propostas e de possíveis clubes, falariam que é cavada (risos) – brincou.
– Tenho carinho, fiquei dez anos, cheguei como estagiário, tenho muitos amigos, 99 jogos, como não vou ter carinho? – indagou.
