John recorda título da Libertadores pelo Botafogo: ‘Parecia que a gente tinha se duplicado em campo. Nossa energia era tão alta que deu certo’

John recorda título da Libertadores pelo Botafogo: ‘Parecia que a gente tinha se duplicado em campo. Nossa energia era tão alta que deu certo’
Vitor Silva/Botafogo

Goleiro do Botafogo no histórico ano de 2024, John viveu intensamente a temporada dos títulos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro. Em depoimento ao livro “É Tempo de Botafogo”, ele lembrou a conquista da América com um jogador a menos, após a expulsão de Gregore logo no início.

– A hora que a gente reuniu ali, onde a gente reuniu todo mundo, um olho no olho do outro, falamos “vamos correr por ele, vamos correr por nós, vamos correr pela nossa família e aqui não vai ter como, se for com 10, com 9, com 8, com 7, a gente não perde hoje”. Acho que fica isso, né. A gente já sabia que ia ganhar. Então, quando começou ali o jogo, você via que o Galo tentava, o Galo tinha a posse de bola, mas não surtia efeito porque parecia que a gente tinha se duplicado no campo, parecia que a gente estava com 11. A nossa vontade, a nossa energia era tão alta de querer aquilo que acabou dando certo – disse John.

Um dos pontos altos do goleiro na campanha foi ter sido decisivo nos pênaltis contra o São Paulo nas quartas de final.

– Esse jogo para mim foi, pô, acertei todos os cantos e se você for ver o vídeo, ver o jogo todo, você fala, “caramba, era pra ele ter pego quatro pênaltis, cinco pênaltis”, mas não foi assim. A história queria que fosse totalmente diferente. Naquele momento ali do pênalti eu tentei estar o máximo concentrado. E quando eu começo acertando os cantos e não começo a pegar, bate aquele nervosismo, eu falei, “caramba, e agora”? E aí o Vitinho acaba errando, eu falo, “vixi, agora tem que pegar, tem que pegar”, e graças a Deus fui feliz de conseguir pegar. Então aquele momento ali foi muito marcante também para mim, para a minha carreira, uma classificação, ajudar numa classificação tão grande, ajudar o clube a chegar numa semifinal para mim foi muito importante – lembrou.

Vendido ao Nottingham Forest, John recordou grandes momentos que viveu pelo Botafogo em 2024.

– Cheguei a arrepiar, vi vários jogos bons vários, teve o jogo contra o Corinthians que eu peguei o meu primeiro pênalti, tem o jogo de São Paulo da classificação, tem o jogo do Palmeiras lá, que a gente ganha de 3 x 1 no Brasileiro, que eu fiz uma defesa também muito bonita. Teve aqui em casa também no Brasileiro. Então é muito jogo, eu acho que o que fica mesmo é não é só o John, o que fica é o time do Botafogo. É o que fica, nosso elenco, nosso grupo, um grupo que foi batalhador desde o começo, de várias críticas do 2023, que a gente não tinha sido campeão, e a gente chega. Nosso dia a dia era tão bom que externamente colocavam isso na gente, mas aqui nunca chegou. Quando a gente empatou três jogos perto da reta final, todo mundo, “pô, e aí? Vai pipocar de novo”. A gente chegava para treinar, nosso treino era leve, nós chegávamos para treinar, nosso dia a dia, mas sabíamos que nós íamos ganhar o jogo. Sabíamos que haveria jogos difíceis e teve no final, três jogos difíceis, mas quando chegou no contra o Palmeiras lá naquele momento, acho que o Marlon também foi muito feliz na palavra dele, ele falou que “era pra ser aqui, é aqui e aqui a gente vai conquistar”. E foi lá que a gente conquistou os 3×1. Foi lá que a gente deu o start ali, faltavam dois jogos pra acabar e foi lá que a gente embalou para a Libertadores – celebrou.

O livro “É Tempo de Botafogo”, dos jornalistas Rafael Casé e Claudio Portella, pode ser comprado em https://www.gryphus.com.br/products/e-tempo-de-botafogo-o-livro .

Fonte: Redação FogãoNET e livro É Tempo de Botafogo

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