John Textor admite ‘fracasso’ em 2025, diz que ‘cinco ou seis treinadores recusaram’ Botafogo e explica ‘debandada’: ‘Metade dos jogadores quis sair’

John Textor - Botafogo
Vítor Silva/Botafogo

John Textor fez uma reflexão sobre a temporada 2025 do Botafogo, em entrevista ao “GE” publicada em vídeo nesta terça-feira (7/10). O controlador da SAF respondeu às críticas sobre o planejamento e explicou a dificuldade que teve para contratar um treinador no começo do ano – segundo ele, cinco ou seis nomes não aceitaram o desafio.

– A pressão este ano tem sido grande desde o início. Não tive um mês de descanso. Ganhamos o Brasileirão, ganhamos a Copa Libertadores, mas a situação do técnico foi, sabe, um planejamento ruim? Ninguém consegue se preparar para perder um técnico nessas circunstâncias tão bizarras. Naquela época, eu não queria contar abertamente às pessoas por que não conseguíamos um treinador. As pessoas dizem que não ter um treinador é um planejamento ruim. Adivinha? Vou dizer aqui agora. Ninguém queria o cargo – disse Texror.

– Eu não queria dizer isso na época porque achei que prejudicaria a reputação do clube. É melhor eu aceitar as críticas, aguentar as pancadas, porque já estou acostumado, está tudo bem. Tenho recebido desde que comecei no clube. Mas aceito as pancadas, que digam que não planejei, mas ninguém queria o emprego. Normalmente sou bem persuasivo, tenho uma visão, uma estratégia, grandes ambições… Olha, você sabe como é difícil. Se você está no topo, no topo do Brasil, no topo da América do Sul, e todo treinador sabe que o próximo ano provavelmente não será tão bom quanto foi o anterior… Tivemos o melhor ano em 120 anos, mas eu não pude trazer um treinador. Cinco, seis pessoas recusaram o trabalho. Então, talvez eu tenha sido bom o suficiente. Talvez eu não tenha sido persuasivo o suficiente. Não foi falta de planejamento – completou.

John Textor admitiu que 2025 tem sido um “fracasso” por não ter conseguido nenhum título e explicou as muitas saídas no elenco ao longo do ano, depois da histórica temporada passada.

– Começamos o ano muito mal. Tínhamos um treinador [Renato Paiva] que trouxe um sistema em que eu acreditava, mas acho que ele abandonou o sistema dele. Sofremos. Aqui estamos, quarto lugar, quinto lugar, com base em jogos a menos ou a mais… Estou feliz com o ano? Eu disse que seria um fracasso se não ganhássemos outro troféu. Então, foi um fracasso – confessou Textor.

– Eu diria que é muito difícil para as pessoas remotivarem um elenco. Veja o Fluminense alguns anos atrás. Você ganha o título principal, o que acontece? Todo mundo quer ir embora. Nós vencemos o Brasileirão, vencemos a América do Sul. Metade do time queria ir, é normal. Vá e tenha outro desafio, outra conquista, vá conhecer a Europa. Talvez você tenha 29, 26, 32 32 anos… Não temos o sistema que o Palmares tem. Sucesso ano após ano, desde a base até a equipe, com um técnico consistente. Mas é muito difícil repetir. E eu aceito as críticas – encerrou.

Fonte: Redação FogãoNET e GE

Comentários