Acionista da SAF do Botafogo, John Textor defendeu seu ponto de vista sobre a temporada 2025 do clube, que não repetiu o sucesso do ano passado. Em vídeo divulgado pelo “UOL” na última quinta-feira (16/10), o dirigente não disse ver motivo para pedir desculpas.
– Continuo concordando com o que disse. A temporada para mim começa em abril. Se você tiver a sorte de ter a Supercopa, a Recopa ou o quer for, é preciso usar a pré-temporada para planejar e para dar chance os jovens. Não dá para escalar os jogadores 11 meses por ano com muita intensidade e vencer tudo. Isso não é possível. Acho que estamos indo bem. Lamento que isso tenha chateado as pessoas – disse Textor, que crê que a saída de jogadores por desejo próprio foi um dificultador.
– Quer dizer, sim, foi um ano difícil. Mas não vou me desculpar por um ano em que estamos em quinto ou sexto lugar. E estou muito confiante de que vamos ficar no G-4 e voltaremos à Libertadores – garantiu.
John Textor falou ainda sobre o sentimento dos torcedores, deixando claro que nem sempre vai agir como eles esperam.
– Somos um time que conquistou um campeonato com algumas decisões muito acertadas, um planejamento muito bom. Nos recuperamos do ano mais incrivelmente difícil de 2023, do melhor começo da história do futebol, do maior colapso da história do futebol, tudo de uma vez. Se eu tivesse dedicado tempo para ouvir os torcedores, teria rescindido o contrato de Marlon Freitas imediatamente ao final da temporada de 2023. No entanto, esse mesmo homem se torna talvez a figura mais importante no vestiário, construindo a confiança do time para ir em frente e conquistar o título. Então, acho que os torcedores precisam assumir a responsabilidade pela volatilidade de seus pensamentos – ponderou Textor.
– Transformamos o desespero dos nossos fãs em ambição. E eu gosto que eles esperem vencer agora. Alguém me perguntou outro dia, em uma reunião interna, e eles disseram: “John, precisamos diminuir as expectativas dos nossos fãs”. Eu disse: “Não, não precisamos”. Agora temos um clube onde todos esperam vencer. Eu disse isso depois da derrota para o Vasco. Transformamos este clube em um clube de grandes expectativas. Esperamos vencer o Palmeiras, o Flamengo, esperamos ganhar tudo. E eu adoro isso. Mas agora criamos um novo tipo de dor, que não é a dor de ver o Botafogo perder daquelas maneiras inimagináveis que só acontecem com o Botafogo. Agora criamos a dor das expectativas mais altas, porque quando somos eliminados da Copa do Brasil não conseguimos acreditar. Então, eu prefiro fazer parte dessa organização – concluiu.