O julgamento de John Textor, dono da SAF do Botafogo, pelas declarações feitas após a derrota para o Palmeiras no Brasileirão-2023, foi novamente adiado pelo Pleno do STJD após um pedido do auditor e vice-presidente do órgão Felipe Bevilacqua para que o processo fosse retirado de pauta.
Bevilacqua conversou com o empresário norte-americano – que compareceu presencialmente nesta quinta-feira ao tribunal – e seus advogados e novas informações e “documentos confidenciais” foram apresentados, o que motivou o pedido do auditor para que pudesse analisar o caso com mais calma.
– Eu tive particularmente uma conversa com o dono da SAF Botafogo, o John Textor e os advogados, que me trouxeram algumas situações confidenciais, das quais me sinto mais confortável (de esperar). Aparentemente, nada de novo ou mais profundo. Como é um processo que não tem essa necessidade (de celeridade), como falei anteriormente se não for parte da imprensa, que não deve interferir, eu me sinto mais confortável em apreciar o processo com mais calma. Estou retirando de pauta por mais uma semana – disse Bevilacqua na abertura da sessão, em declarações reproduzidas pelo “GE”.
A sessão, que irá julgar recursos da Procuradoria do STJD e do próprio John Textor, seria realizada na última terça-feira (9/4), mas o julgamento acabou sendo adiado depois de um pedido de vista de Bevilacqua, que agora pediu ainda mais tempo.
Relator do caso, o auditor Mauricio Neves Fonseca defende a suspensão de 105 dias (90 por ofensa à honra e 15 por invasão de campo) e multa de R$ 75 mil a John Textor.
No julgamento inicial, realizado no dia 1º de dezembro de 2023 pela 5ª Comissão Disciplinar do STJD, Textor havia sido suspenso por 35 dias e multado em R$ 25 mil pelas declarações feitas e absolvido na denúncia por invasão de campo.