John Textor segue buscando um clube na Inglaterra para ser acionista majoritário, o que não acontece no Crystal Palace, em que detém 45% do controle. O empresário norte-americano, dono da SAF do Botafogo, explicou os movimentos que têm feito na Grã-Bretanha durante seminário organizado pelo “Olé” nesta terça-feira (12/11), em Buenos Aires.
– Não temos uma posição majoritária no Crystal Palace, somos os maiores acionistas, com 45%, mas não possuímos o suficiente para realmente colaborar com o elenco, otimizar o elenco, de quando um clube precisar de um zagueiro, outro precisar de um atacante, todo esse sistema global de identificação de talentos que temos, essa colaboração que é imprescindível num grupo multiclubes. Os departamentos de futebol estão no telefone uns com os outros o tempo todo como amigos, realmente se gostam. Eu mandei embora as pessoas que não colaboravam, hoje temos um grupo em que as pessoas confiam umas nas outras. Não podemos fazer isso no Crystal Palace, porque há muitos outros acionistas e um natural conflito de interesses – iniciou Textor.
– É importante para os jogadores que estamos recrutando no nosso sistema que exista esses caminhos para qualquer lugar do mundo. Se você quer estar na América do Sul e ganhar títulos, ou se quer retornar para a América do Sul, nossas relações na Europa e Inglaterra são muito importantes – completou.
John Textor não fechou as portas para algum eventual clube da segunda divisão da Inglaterra.
– Estamos buscando adquirir um clube em que sejamos majoritários, também estamos abertos a clubes da segunda divisão que pensamos que possam subir. Você tem que ser um campeão para os jogadores antes de ser campeão para os torcedores. Quero dizer com isso é que jogadores precisam confiar em você, os melhores jogadores irão se juntar ao projeto, mais do que a um time. No futuro, quando você desenvolver uma reputação para cuidar dessas carreiras, você conseguirá melhores jogadores. Temos que resolver essa situação na Inglaterra – disse.
Por fim, o empresário explicou por que a compra do Everton acabou não dando certo, revelando certa mágoa.
– Pensávamos que estávamos muito perto do Everton. Acho que provavelmente direi isso pela primeira vez publicamente agora. Faltavam 24 horas para enviar os documentos, mas eles estavam num processo de leilão com outro comprador. Às vezes você pode fazer muita coisa com um aperto de mão, outras vezes você precisa de mais do que um aperto de mão. E essa foi uma situação que perdemos porque confiamos demais no resultado. Eu cometo erros, o Everton não aconteceu e provavelmente há uma razão para isso. Acho que há razões para tudo e acho que vamos acabar encontrando uma situação melhor – afirmou.