John Textor: ‘Eu realmente não preciso ganhar dinheiro com o Botafogo. Conto riqueza de forma diferente, descobri o que me faz feliz’

John Textor: ‘Eu realmente não preciso ganhar dinheiro com o Botafogo. Conto riqueza de forma diferente, descobri o que me faz feliz’
Vitor Silva/Botafogo

Quando John Textor comprou 90% dos ativos da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Botafogo por R$ 400 milhões mais a responsabilidade na dívida (estimada em R$ 1 bilhão), muitos ficaram curiosos em saber como o empresário americano vai lucrar. Contudo, esta não é a preocupação dele.

Em ótima entrevista a “O Globo”, John Textor contou sua história de vida. “Tecnólogo, futurista e otimista”, ele fez sua fortuna com empresas de tecnologia e hoje investe em clubes de futebol, como Botafogo, Crystal Palace e RWD Molenbeek. Ele ficou milionário cedo.

– Em 2012, cheguei a um ponto em que eu ainda era muito jovem e eu já era tão rico que estava prestes a comprar o New York Mets, que era meu time de beisebol favorito da infância. E que sonho era ganhar tanto dinheiro a ponto de poder fazer isso, e em Nova York! – afirmou.

Contudo, a empresa (Digital Domain) faliu por divergências internas. John Textor teve dificuldades financeiras, perdeu a casa e não tinha dinheiro para pagar a escola dos filhos. Acabou se reencontrando no futebol, no FC Florida, onde se envolveu e passou a ajudar as pessoas. Até que criou a Pulse Evolution Corporation, empresa de tecnologia que faturou bem mais que a sua anterior.

Após viver os dois lados da moeda, John Textor não esconde que não tem preocupação financeira com o Botafogo.

Eu tenho perspectiva agora. Porque eu já perdi tudo. Quando eu digo que realmente não preciso ganhar dinheiro com o Botafogo, o que eu quero dizer é que preciso me divertir muito com as pessoas que amo nas coisas que me interessam. Porque eu conto a riqueza de forma muito diferente da maioria das pessoas na Terra. Eu descobri o que me faz feliz – contou Textor, que tem uma ótima relação com a torcida.

– Não estou procurando essa atenção, mas eu gosto. Gosto da conexão com torcedores. Eu rio quando as pessoas falam “tudo que ele quer é notoriedade. Ele adora falar, tudo que ele quer é dinheiro”. Porque esse era o velho eu, algo muito próximo sobre a pessoa que eu era no ano de 2011. Mas não é a pessoa que sou agora. Então eu acho que isso explica: quando você perde tudo, você tem que descobrir o que é importante para você. E de repente, quando você se recupera, percebe que o que tinha perdido era só dinheiro – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e O Globo

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