Investidor do Botafogo, o americano John Textor é “obcecado” por scouting, um método de mapeamento e acompanhamento de jogadores por meio de estatísticas e vídeos. É o que afirmou o jornalista André Rizek, durante o programa “Seleção SporTV” desta segunda-feira.
– Você viram ele usar a palavra “scout” algumas vezes na entrevista. O que posso informar para vocês é que ele é obcecado por scouting, ele quer que o scouting permeie as contratações dos clubes dele – contou Rizek.
Segundo o jornalista, o Botafogo já adotou esse método para realizar as contratações e montar o elenco que foi campeão da Série B no ano passado, apesar do head scout (uma espécie de olheiro-chefe, em tradução livre), um dos desejos da diretoria, ainda não ter sido contratado.
– (O que Textor defende) Já está em sintonia com o que o Botafogo fez na temporada vitoriosa da Série B. O Botafogo tentou acabar com aquela contratação de oportunidade, “Ah, aquele empresário procurou a gente oferecendo fulano, que tal?”… O Botafogo, sem dinheiro, apostou muito em scouting, no seu centro de inteligência na Série B. E o Textor tem isso como meta. As contratações necessariamente tem que passar pelo centro de inteligência, tem que passar por uma boa análise de scouting – frisou Rizek.
Na entrevista que concedeu ao “GE” e ao SporTV no último domingo, John Textor abordou o tema. Veja o que ele disse:
– Em termos de plano imediato, os clubes brasileiros não investem o suficiente em scouting, em dados. Acho que precisamos trazer dinheiro e pessoas para melhorar o scouting e o scouting baseado em dados. Qualquer pessoa pode reconhecer quando os pés de um jovem foram beijados por Deus, sou inteligente o suficiente para saber disso. Eu vi um garoto aqui, na verdade alguns, cujos pés foram beijados por Deus. Acho que além do óbvio, de ver esses jogadores especiais, tem o resto todo.
– O que foi incrível no meu interesse em outros clubes é que eles provavelmente têm na Europa mais dados sobre jogadores no Brasil do que os clubes do Brasil têm sobre esses jogadores. Você vê os orçamentos desses clubes da Europa, há muitas pessoas no Brasil sendo pagas por esses clubes europeus – completou Textor.