Presente na Dallas Cup Sub-19 para ver Botafogo x Real Madrid nesta quarta-feira (5/4), John Textor valorizou a oportunidade da base alvinegra excursionar nos Estados Unidos, mas quer replicar este modelo no profissional. O acionista da SAF alvinegra pediu um “calendário mais flexível”.
– Nós conversamos assim que nós chegamos no clube sobre restabelecer o Botafogo como uma força global, competitivo a todos os níveis e reconhecido pela sua grandeza em seu sentido atual nas outras partes do mundo. Então, você precisa sair do Brasil para ser testado no nível mais alto, nas melhores competições, e isso não é só para o time principal. Precisamos criar uma cultura que começa na base. Então, à Dallas Cup eu venho todo ano, nossos times vêm aqui todos os anos, nossos garotos, você sabe, ele vêm aqui, todo ano, evoluindo, e o nível é incrível. Você pode ver times todos os lugares do mundo, não somente dos Estados Unidos, mas da Europa, da Ásia, África do Sul, então, estou muito empolgado que recebemos o convite para vir até aqui. Não é um time sub-20 típico, fazendo parte disso, é uma grande parte sub-19, mas isso dá uma boa oportunidade para alguns jogadores do time sub-20. O time principal, os times de base, o Botafogo precisa estar em expansão internacional e se mostrar no palco do mundo – declarou Textor, à “Botafogo TV”.
O empresário norte-americano fez uma espécie de apelo à CBF e as federações estaduais, pensando no fortalecimento do futebol brasileiro.
– Quando falamos sobre essas oportunidades para alguns clubes brasileiros saírem do país, mostrar o que temos no Brasil, para os times, clubes e torcedores ao redor do mundo, é importante que não só o Botafogo esteja aqui, mas o São Paulo estar aqui, outros times podiam estar. E nós precisamos do suporte das federações para fazer isso, precisamos que o calendário seja um pouco mais flexível. Nós jogamos muitos jogos no Brasil inteiro, é ruim para o corpo dos jogadores, é ruim para a marca do futebol brasileiro. Temos algo realmente especial no Brasil, então vamos levar isso para o mundo, certo? Mas quando jogamos 16 jogos de pré-temporada, temos a Copa do Brasil, que nós amamos, temos a Sul-Americana e a Libertadores, se você é um desses clubes, jogando de 60 a 80 jogos por ano, essas federações precisam se unir, não pode ser só sobre essas pequenas disputas de poderes, como “é o meu torneio, é a minha federação”, nós precisamos mudar isso, certo? Deixar esses times viajarem, time principal e base, eles precisam ver o mundo, mostrar o que as pessoas do Brasil têm para oferecer. Portanto, estou empolgado em estar aqui, só queria que o calendário fosse mais flexível, para que possamos fazer isso mais vezes. Então, precisamos da ajuda das federações, da CBF, da Ferj, todas as federações estaduais, para ver como é maravilhoso isso aqui e deixar acontecer mais vezes – completou.
