Durante mais de três horas de bate-papo ao vivo no “Canal do TF” nesta sexta-feira (28/11), John Textor rebateu críticas. Uma das falas mais duras foi sobre o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro, que concedeu entrevista longa ao site “GE”.
Montenegro afirmou que a preocupação do associativo, ao tentar bloquear a venda de jogadores sem autorização, é para que o dinheiro do Botafogo não fosse usado para pagar dívidas do Lyon ou questões relacionadas à Ares no exterior. Textor não gostou.
– Quando Montenegro diz que não quer restringir a negociação de jogadores, quer garantir que o dinheiro permaneça no Brasil… Primeiro, não é o dinheiro dele, é o meu dinheiro. Eu investi 200 milhões de dólares em dinheiro neste negócio. Meus outros investidores investiram mais de 100 milhões em dinheiro. A Ares investiu 400 milhões em dinheiro – iniciou Textor.
– É verdade que o clube em si é o coração e patrimônio do povo. O futebol é assim. Nós, como donos, investimos o dinheiro, mas fazemos isso pela comunidade. Mas quando se trata de dinheiro e contrato, não é Montenegro quem decide: “Você pode administrar nosso clube, mas eu decido o que acontece com o dinheiro”. Esse foi o acordo feito pelo clube social: eles queriam me contratar e me deixar administrar o negócio da maneira que achássemos melhor – continuou.
– Eu conquistei um campeonato, Thairo [Arruda], [Alessandro] Brito, todos nós trouxemos um título, junto com os jogadores. Não é direito do Montenegro nos dizer o que fazer com o dinheiro. Cumprimos o contrato, as modificações nos ajudaram a conquistar um título e temos que ter a liberdade de administrar nosso negócio. Essa é a natureza do mecanismo SAF. E continuaremos a homenagear nossos irmãos do clube social, mas eles terão a oportunidade de falar conosco como acionistas e parceiros, não como um grupo que controla nossas decisões de negócios – completou.
Nesta sexta, a SAF do Botafogo conseguiu reverter a decisão da justiça que proibia o clube de vender jogadores se autorização, um dos pleitos do associativo.
