John Textor é suspenso por 35 dias pelo STJD por declarações feitas após Botafogo x Palmeiras; gancho vai até a próxima sexta-feira

John Textor em Botafogo x Palmeiras | Campeonato Brasileiro 2023
Reprodução/Premiere

Em confuso julgamento, o acionista majoritário da SAF do Botafogo, John Textor, foi punido com 35 dias de suspensão e multa de R$ 25 mil pela 5ª Comissão Disciplinar do STJD nesta sexta-feira (1/12) por conta das declarações feitas após a derrota para o Palmeiras por 4 a 3, no dia 1º de novembro, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro-2023.

Textor acompanhou o julgamento in loco, na sede do STJD, no Centro do Rio de Janeiro, mas não prestou depoimento pessoal. Como o empresário norte-americano já havia sido suspenso preventivamente por 30 dias (28 já cumpridos), faltarão mais cinco dias ao todo – ou seja, a punição irá até o dia 8 de dezembro, quando o Brasileirão já estará encerrado.

Houve um debate extenso e um tanto confuso para decidir qual pena seria aplicada. Sobre a ofensa ao árbitro Braulio da Silva Machado, a comissão acabou optando por desclassificar o artigo 243-F (ofensa à honra) para o 258 (conduta antiética), aplicando 15 dias de suspensão. E em relação às ofensas à CBF e ao presidente Ednaldo Rodrigues, decidiu-se pela pena de 20 dias e multa de R$ 25 mil. Textor foi absolvido no artigo 258-B (invasão de campo).

A defesa de Textor já comunicou que tentará um efeito suspensivo para que ele possa acompanhar, pelo menos, a última rodada, na próxima quarta-feira, quando o Botafogo visitará o Internacional no Beira-Rio.

Como foi a defesa

A defesa de John Textor, feita pelos advogados Pedro Henrique Moreira e Luciana Lopes, pediu a inépcia da denúncia, apontando que não houve uma tradução juramentada das palavras ditas pelo empresário em inglês, mas sim que houve uma mera tradução feita pela imprensa, o que não encontra base na legalidade. O pedido não foi acatado.

Luciana Lopes negou que Textor tenha acusado o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, de corrupção, mas sim alertando para o fato de que o Campeonato Brasileiro estava corrompido por conta de seguidos erros de arbitragem. A advogada mostrou reclamações de diversos clubes contra a arbitragem e citou que o Botafogo, antes daquela partida, havia mandado mais de cinco ofícios à CBF sobre o tema, sem receber retorno.

Pedro Henrique Moreira, por sua vez, considerou a súmula feita pelo árbitro Braulio da Silva Machado como inepta, citando reportagem do FogãoNET em que mostra que o juiz havia relatado ofensas de um dirigente (Pedro Moreira) que deixou o clube em janeiro. O advogado ainda pediu que Braulio seja denunciado, algo que o presidente da 5ª Comissão, Otacílio Araújo, havia comentado nas preliminares.

*Atualizado às 16h25

Fonte: Redação FogãoNET

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