Dono da SAF do Botafogo, John Textor prestou depoimento por mais de três horas de forma voluntária na Cidade da Polícia Civil nesta quarta-feira, num inquérito que investiga manipulação de resultados. Em entrevista ao SporTV, o norte-americano ressaltou a seriedade do tema e viu as críticas que têm recebido na imprensa como injustas.
– Fizemos nosso trabalho e fomos ao STJD. Não acho que fui desrespeitoso, não é justo continuarem a falar na imprensa que o John não fornece evidências. Está por todos os lados. Vocês sabem que eu tenho tentado falar. Hoje, eu finalmente consegui falar com um procurador. Marcamos um horário com a polícia, fui, entreguei muitas evidências e dei um depoimento. As evidências são mais do que um relatório da Good Game!. É um assunto sério isso – disse.
John Textor disse que as evidências de manipulação que possui afetam todos os clubes e vão muito além do Brasil.
– Acho que é uma oportunidade muito boa para o Brasil liderar o mundo, com tecnologia que analisa as coisas de uma forma diferente. Acho que o Brasil é um dos únicos países que está fazendo algo a respeito disso. É um problema global. As evidências que eu consegui mostram que vai muito além do Brasil. Eu sou o primeiro a vir aqui e dizer que existe corrupção no Brasil? O Brasil deve sentir vergonha disso, quando está por todos os lados – da Lituânia à China e por toda a Europa? – questionou.
– Eles (a empresa) estavam aqui antes de eu chegar, olharam dois anos de dados antes de eu conhecê-los. O que eu descobri com isso afeta todos os times. Por favor, leiam o que publiquei, talvez eu devesse ter feito melhor e publicado-o em português, mas fui muito claro – admitiu.
