O dia 17 de julho foi crucial para todo o imbróglio jurídico pelo qual passa o Botafogo. Na mesma data, a Eagle Football Holdings tentou tirar John Textor do comando, enquanto o empresário americano, paralelamente, articulava medidas para seguir no controle. É o que conta “O Globo”.
Às 7h28, Christopher Mallon, diretor independente nomeado pela Eagle após afastamento de Textor do Lyon, enviou e-mail ao acionista da SAF comunicando a “iminente necessidade de removê-lo da administração do Botafogo e salvaguardar os melhores interesses da sociedade”.
Às 11h, John Textor teve reunião com o Conselho de Administração da SAF, na qual houve aprovação da venda de crédito € 150 milhões (mais de R$ 950 milhões) que o clube teria a receber da Eagle a nova empresa do norte-americano nas Ilhas Cayman. O Botafogo levaria € 100 milhões mais € 100 milhões em um empréstimo no qual dá seus ativos como garantias.
Às 16h55, ele respondeu e-mail de Mallon sem mencionar decisões ou reuniões, afirmando apenas que “na sua visão, todos os clubes pertencentes ao grupo Eagle deveriam permanecer unidos em um único grupo” e que estava “preparando uma oferta para adquirir o capital do Botafogo”.
Já às 23h, Textor teve nova reunião com a Assembleia Geral Extraordinária da SAF em que o capital social foi aumentado de R$ 10 mil para R$ 650 milhões, com aprovação de emissão de novas ações. Desta forma, a Eagle, que alega não ter estado na reunião, entende que teria sua participação diluída e o controle totla será de Textor.
Na mesma semana, o Botafogo empatou em 0 a 0 com o Vitória no Nilton Santos e diretores da SAF e o clube social manifestaram apoio formal a John Textor. A Eagle tenta na Justiça suspender todos os efeitos da assembleia e impedir a SAF de assinar contratos com empresas de Textor.