William Rogatto mexeu com o futebol brasileiro ao realizar depoimento na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas em que fez denúncias sobre esquemas, revelou ter participado de rebaixamento de diversos clubes, apontou envolvimento de árbitros e contou ter ganho dinheiro apostando em jogos do Palmeiras, além de deixar claro que John Textor, acionista do Botafogo, “não está totalmente errado”.
Como o Palmeiras reagiu ao depoimento? Em live no “UOL”, o jornalista Danilo Lavieri contou.
– O que eu ouvi sobre tudo isso no Palmeiras, a frase foi, não vamos bater mais palma para maluco dançar. Porque o Palmeiras, basicamente, entende que o cara falou de novo, repetiu o expediente que já tem sido praticado nos últimos tempos, de falar um monte de coisa sem absolutamente nenhuma prova. Simplesmente, ele chegou ainda a falar, “é opinião, vocês querem minha opinião? Ah, não, é, porque eu faço isso, porque eu ganho dinheiro assim, porque jogador não fecha a boca, porque…” Um monte de coisa, basicamente, sem nenhuma prova. E que qualquer um pode chegar ali e falar. Originalmente, a gente deveria acreditar mais porque está numa CPI, mas a gente já tem provas históricas de tantas CPIs que não dão em nada, que não têm argumento nenhum, que só gastam dinheiro público e que não servem para nada. Então, a gente sabe que CPI não significa absolutamente nada nesse sentido – alegou Danilo Lavieri.
– Então, o Palmeiras vai ficar quieto, vai deixar parado, porque entende que não tem para que ficar comentando cada caso. Comentou já bastante o caso do Textor, que é parecido, que o Textor foi e fez acusações sem provas, baseado apenas num relatório que não diz nada. E nesse caso, é a mesma coisa. O cara chegou lá e falou “ah não, eu recebo dinheiro, eu tenho isso, eu tenho aquilo”, sem prova nenhuma – acrescentou.
O jornalista pondera se o “UOL” deveria realmente noticiar o caso.
– Como disse o PVC, eu também estava conversando com o Marinho, que é nosso anjo da guarda, produtor, diretor, depende de como é o termo que você quer usar, mas eu tenho até dúvida do quanto a gente deveria, como imprensa, ficar repercutindo esse cara, porque eu não sei até que ponto isso agrega na discussão. Não é uma crítica aqui ao programa nem nada, mas é porque realmente é o cara que chega ali e fala. Tudo de uma forma que, e aí? Se eu chegar, e se você falar, e se outro falar, não tem prova. Não adianta a gente ficar repercutindo algo sem prova, que vai manchar a imagem do Palmeiras, a imagem do São Paulo, a imagem dos jogadores, a imagem do Brasileirão, sem prova nenhuma – completou.