Jornalista critica John Textor por ‘depreciar o próprio ativo’ e por ‘vaidade’: ‘Não é por acaso o apelido de Montenegringo’

John Textor no Estádio Nilton Santos, do Botafogo
Reprodução/GloboPlay

Em sua coluna em “O Globo”, o jornalista Rodrigo Capelo fez duras críticas a John Textor, acionista da SAF do Botafogo, que está denunciando corrupção e manipulação de resultados no futebol brasileiro. Ele considera o empresário americano “vaidoso” e chegou a usar o termo “Montenegringo”, em referência ao ex-presidente alvinegro Carlos Augusto Montenegro.

Para Rodrigo Capelo, John Textor está causando danos ao produto no futebol brasileiro.

– O americano diz ter provas de manipulação de resultados no Campeonato Brasileiro. Dois jogos do Palmeiras teriam sofrido interferência para que o time paulista vencesse injustamente. Não posso dizer se Textor tem ou não tem as tais provas. Este é um problema dele e da polícia. Mas podemos apontar uma escolha do empresário. Ele podia ter avançado na investigação e na acusação nos bastidores, sem alarde, ou podia fazer tudo em público. Ele preferiu o bafafá – iniciou.

– A opção tem como efeito colateral o dano à imagem do Botafogo e, em última instância, de todo o futebol brasileiro. Coloque-se nos sapatos de um patrocinador que talvez queira botar dinheiro no clube carioca ou em qualquer outro. Você entra nessa bagunça? A manipulação de resultado equivale ao que há de mais grave no esporte. Polícia, imprensa, fofoca. Pode-se dizer de um jeito meio contábil que, neste caso, o dono do negócio decidiu depreciar o próprio ativo – alegou.

Para o jornalista, relatórios de consultoria (como a da “Good Game!”) não são provas e é necessário mostrar “extratos bancários, contratos escusos, conversas vazadas”.

– Que o Textor é um indivíduo vaidoso, percebemos faz tempo. Não é por acaso que Gustavo Poli o apelidou de Montenegringo — o Carlos Augusto Montenegro americano. Textor gostou de se tornar celebridade no Rio de Janeiro e no Brasil, ele fala muito e com todo mundo. Não vejo problema até este ponto. Empresário sem vaidade trabalha no setor elétrico, de gás e petróleo, com mineração, e olhe lá. Só que até o futebol tem seu manual de conduta. Vejamos as provas – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e O Globo

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