Jornalista vê diferença entre implantações de SAFs: ‘Botafogo fez melhor porque começou antes. Vasco está fazendo de maneira afobada’

Rodrigo Capelo, no SporTV
Reprodução/SporTV

A SAF (Sociedade Anônima do Futebol) chegou com tudo ao Brasil. No Rio de Janeiro, o Botafogo foi o primeiro a se transformar, com a chegada do investidor americano John Textor. O Vasco é o segundo, com o grupo 777 Partners. Sem entrar no mérito financeiro ou em qual é melhor, o jornalista Rodrigo Capelo viu uma diferença importante.

Para o jornalista especializado em negócios no esporte, o Botafogo pode ter vantagem por ter se preparado melhor.

Os processos foram diferentes, e o Botafogo fez melhor porque começou antes. Primeiro porque a parte política já se acostumou com venda como salvação lá atrás. A história da SA já foi isso. Torcida e política interna se acostumaram. Tiveram tentativas fracassadas, porque pessoas tentaram modelos que não funcionaram, houve briga política, sabotagem, pessoas tentando se aproveitar… Quando chega o Textor, já estavam mais preparados internamente, o Jorge Braga arrumou a casa, o advogado André Chame tinha regras preestabelecidas. O investidor comprou em momento adequado, com tempo para montar departamento de futebol, contratar técnico e disputar a Série A do Campeonato Brasileiro – explicou Capelo, que falou do Vasco.

O Vasco estava na eleição com presidente dizendo que não tinha interesse na SAF, agora mudou. Discussão política e com a torcida não aconteceu, o processo vai ser feito na afobação. É muito difícil vender time de futebol no Brasil, o Vasco vai ter que se superar, não pode errar na comunicação, tem que negociar questões fundamentais, como investimento e folha salarial. Todos esses pontos têm que ser explicados à torcida para ela confiar. De fato estão fazendo isso de maneira afobada, o Botafogo se preparou por anos, o Vasco está fazendo tudo de uma vez – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

Comentários