O maior treinador da história do Botafogo. Está é a opinião do jornalista Thales Machado, editor de “O Globo” e “Extra”, sobre Artur Jorge, que acertou sua ida para o Al-Rayyan, do Catar. Ele, no entanto, acredita que a saída poderia ser de outra forma.
“Poderia ter administrado melhor a saída? Claro. Dos dois lados, inclusive, mas principalmente o dele. Ainda que você duvide hoje, no entanto, em décadas poucas gente vai lembrar disso. Didi, Garrincha e Nilton Santos, os três maiores ídolos do Botafogo, todos eles maiores que AJ sequer pensou em ser, saíram em litígio pior ou parecido com o clube” escreveu Thales Machado, no X.
“Artur Jorge é o maior técnico da história do Botafogo. Em só nove meses? Em algum momento de sua gloriosa trajetória, o Botafogo também deve se apegar aos seus feitos que deram as mais grandiosas taças para escolher seus maiores, ainda que pareça sacrilégio. E a maneira com que o português conquistou a mais legendária delas, com a coragem de não substituir ninguém após um expulsão aos 40 segundos na decisão, o coloca neste patamar, apesar da concorrência luxuosa do Velho Lobo” afirmou, citando Zagallo.
Para Thales Machado, os títulos da Libertadores e Campeonato Brasileirão ficaram mais marcados que a conturbada saída.
“Foi um treinador que fez um golaço numa final de Libertadores. Será lembrado mais por isso do que por qualquer desentendimento envolvendo aquilo que define o futebol de hoje (e ajudou o Botafogo a chegar lá): o dinheiro. A grana é importante, fundamental e define os caminhos – do clube, do técnico, da vida. Mas não é inesquecível feito o que aconteceu entre 26/11 e 8/12, quando o Botafogo teve a liderança de um técnico corajoso pra ganhar tudo o que ganhou”, completou.