A torcida do Botafogo ficou incrédula com a transferência de Marlon Freitas para o Palmeiras, que deve ser oficializada nos próximos dias. No programa “SBT Sports Rio” desta sexta-feira (26/12), o jornalista Venê Casagrande isentou a diretoria alvinegra de qualquer tipo de “culpa” pela perda do capitão do time, citando a vontade do volante, que tinha mais um ano de contrato.
– O Botafogo tentou ficar com o Marlon Freitas. Ofereceu uma proposta de renovação de contrato, só que não teve acordo porque o jogador não quis. Então, não é justo dizer que o Botafogo está liberando o jogador. O contrato dele é válido até dezembro de 2026. Isso quer dizer que, daqui a seis meses, ele pode assinar um pré-contrato e sair de graça. Então, teoricamente, o Botafogo ficou sem ter o que fazer. É melhor você receber agora R$ 35 milhões, e o Palmeiras paga, em quatro parcelas durante um ano. Até a forma de pagamento é boa para o Botafogo – afirmou Venê.
– Eu entendo a razão e a emoção do torcedor, mas me coloco muito no lugar dos dirigentes também na hora de tomar uma decisão. Você receber uma proposta de R$ 35 milhões por um jogador de 30 anos, volante, eu considero um bom valor. A pessoa aceitou a proposta, você vai forçar a pessoa? Beleza, você pode virar e falar assim: “Não, a gente não vai vender, nós não aceitamos a proposta.” E aí? Você vai querer o Marlon Freitas insatisfeito no clube? Não tem o que fazer, o John Textor ouviu do jogador que ele quis aceitar a proposta do Palmeiras – completou.
O jornalista considera que o único lado negativo nessa história para o Botafogo é o fato de reforçar um rival direto na disputa por títulos.
– Como tudo na vida, gosto de ver o ponto positivo e o ponto negativo. Marlon é um jogador de 30 anos, volante, teoricamente ele não decide jogo. O Botafogo está recebendo uma proposta de R$ 35 milhões por um jogador de 30 anos que daqui a seis meses pode assinar um pré-contrato. O único lado negativo nessa história é você estar reforçando um rival. Você está perdendo um jogador identificado, considerado ídolo, mas é um jogador que aceitou a proposta. Ou seja, ele quer ir. Entendo tudo isso, a idolatria, a importância dele no dia-a-dia, nos bastidores, mas o jogador aceitou a proposta de Palmeiras. Eu não venderia só por isso, para não reforçar um rival – encerrou Venê.