A pressão é cada vez maior por parte da torcida por uma demissão de Renato Paiva, mas o técnico segue prestigiado pela diretoria do Botafogo. Durante o programa “SBT Sports Rio” desta quarta-feira (7/5), o jornalista Venê Casagrande afirmou que dificilmente John Textor vai tomar a decisão de rescindir com o treinador, por questões financeiras.
– Eu me arrisco a dizer que, se o Botafogo fosse um clube associativo, ele estaria balançando. Mas por ser SAF… Não é porque SAF prende demais o treinador ou não demite. É porque se ele demitir o treinador, vai gerar mais um custo para ele. E a gente precisa pensar com a cabeça do John Textor. Ele é dono do clube porque está investindo, não quer perder dinheiro. E se demitir o Renato Paiva agora, automaticamente, vai ter que gastar com rescisão de contrato e automaticamente gastar também com a contratação de um novo treinador – pontuou.
– Esse novo treinador pode custar até mais caro que o Renato Paiva atualmente. Então, como gestor, por que ele vai demitir, sendo que está cheio de preocupação financeira com o Lyon, que teoricamente é o 01 do grupo dele? Eu não vejo essa preocupação do John Textor em demitir o Renato Paiva agora, a não ser que aconteça o que aconteceu com o Bruno Lage, por exemplo, quando botou o cargo à disposição, tinha relacionamento ruim com os jogadores… O que eu não vejo no Renato Paiva. Posso até estar errado, de repente a relação dele com os jogadores é péssima, mas eu não vejo dessa forma. Nos jogos, eu vejo os jogadores tentando abraçar a ideia – completou.
Na opinião do jornalista, um dos pontos de crítica ao trabalho de Renato Paiva está nas entrevistas coletivas após as partidas. Na última terça, depois de derrotar o Carabobo por 2 a 1, o português fez elogios, ressaltando até mesmo que nos últimos oito jogos só haviam perdido para o Botafogo – nesse período, foram cinco partidas pela Liga Venezuelana.
– Sou um cara que gosto muito de analisar a comunicação em entrevista coletiva. Vi a coletiva dele, acho que ele normalizou demais a atuação do Botafogo diante do Carabobo, respeitando demais o adversário, que é um adversário amador. Por exemplo, o Artur Jorge… O torcedor gostava, porque ele chegava lá e bancava. Ele elevava a autoestima do torcedor, até mesmo do Botafogo. E o Renato Paiva não, eu vejo ele para baixo, aceitando demais uma atuação ruim. O torcedor não gosta de ver isso. E essa energia acaba passando também para os jogadores, talvez. Ele precisa entender onde está, o Botafogo é um time grande e o sarrafo aumentou, não tem jeito – frisou Venê.