Juca Kfouri pede cautela com SAFs: ‘John Textor será bem avaliado pelo torcedor do Botafogo se repetir façanha de Emil Pinheiro’

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Por FogãoNET

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Juca Kfouri, jornalista do UOL Esporte
Reprodução/UOL Esporte

O jornalista Juca Kfouri, em sua coluna na Folha de São Paulo, pediu mais uma vez cautela aos torcedores principalmente de Botafogo e Cruzeiro sobre a transformação dos clubes em SAFs – Sociedades Anônimas do Futebol. Para ele, não dá pra ser tão otimista como o torcedor alvinegro está com John Textor, nem tão apreensivo como o cruzeirense está com Ronaldo.

No caso mineiro, pelo episódio da dispensa do ídolo Fábio, mais mal do que bem; e, no carioca, ao contrário: o investidor americano está sendo tratado como se fosse a ressurreição de Mané Garrincha. O americano John Textor será bem avaliado pelo torcedor botafoguense caso repita a façanha do bicheiro Emil Pinheiro, que, em 1989, tirou o Glorioso da fila de 21 anos sem título“, escreveu Juca.

Jornalista da velha guarda, Juca Kfouri lembrou os problemas políticos do futebol brasileiro e exemplos de fundos de investimento aportando dinheiro em clubes no fim da década de 1990 e início dos anos 2000 que acabaram gerando dívidas e problemas. Mas admitiu que o atual modelo associativo se tornou obsoleto.

“O modelo associativo de nossos clubes está esgotado não é de hoje, e, por isso, o futebol brasileiro caiu para a segunda divisão mundial. (…) Há motivos de sobra para desconfiar da capacidade empresarial de Ronaldo Fenômeno, e pouco se sabe do que Textor será capaz. O futebol brasileiro já afugentou inúmeros parceiros como o Bank of America, o Excel, o Opportunity, a Hicks Muse, a ISL, a Octagon etc. (…) No pântano do futebol mundial, em que Fifa, Conmebol e CBF são o que são, é difícil mesmo ver luz no fim do túnel, embora esteja clara a necessidade de se encontrarem novos caminhos”, concluiu.

Fonte: Redação FogãoNET e Folha de S. Paulo

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