Depois de uma atuação de gala contra o Atlético-MG, o atacante Júnior Santos era só sorrisos na entrevista que deu no programa “SportsCenter”, da ESPN, nesta segunda-feira. O camisa 37 do Botafogo conversou com a equipe do programa sobre diversos assuntos em tom descontraído, e disse que esta foi sua melhor atuação pelo Glorioso.
– Vendo o jogo de dentro, colocamos muita intensidade no jogo, não cheguei a ver todos os números, mas com certeza fizemos uma grande partida. Individualmente em ações creio que fiz minha melhor partida pelo Botafogo. Cheguei ano passado e tinha que mostrar trabalho em três meses, havia uma desconfiança, é bem complicado. Queria muito ficar, mas tem aquela pressão de jogar só três meses, sabia que poderia melhorar e mostrar meu futebol. Estou voltando a ser o Júnior Santos do Japão, que vai pra cima, tenta as jogadas individuais – afirmou.
Durante o programa, o comentarista Renato Rodrigues mostrou imagens e aspectos táticos do Botafogo, elogiando a estrutura do time montado por Luís Castro. Júnior Santos também falou sobre a parte tática e disse que o Glorioso não é um time reativo, como muitos da crônica esportiva têm pintado.
– O futebol do Botafogo não é de contra-ataque, é de ataque rápido, que propõe o ataque rápido em velocidade. Você vê varias jogadas com quatro, cinco jogadores pisando na área ao mesmo tempo, é um time extremamente ativo, que tem intensidade, defende bem e ataca com muita gente dentro da área. Ter um campo bom também ajuda bastante o nosso jogo – ressaltou.
Confira outras respostas:
REVIRAVOLTA: “Estou muito feliz em estar de volta, logo quando cheguei o clube estava passando por alguns momentos difíceis, de cobrança, mas desde o primeiro jogo contra o Ypiranga senti uma equipe muito unida e acreditei sempre no projeto e no trabalho. Temos feito grandes jogos, isso mostra o trabalho de todos que estão envolvidos no Botafogo.”
LUÍS CASTRO: “Toda a equipe confia muito no trabalho dele. A SAF vem com um projeto europeu, e o futebol brasileiro tem evoluído bastante nos jogos, na questão da intensidade, com treinadores vindo de fora trazendo uma mentalidade boa, junto com os treinadores brasileiros. Uma coisa que eu entendo no trabalho do Castro é um futebol de intensidade, triangulações rápidas, jogadas em velocidade para o ataque. E hoje uma das questões é o campo, para o futebol que o Luís Castro propõe muitas vezes isso não acontece nos Estaduais, em que os campos não favorecem esse tipo de futebol de toque rápido e acaba dificultando muito. Isso pesou também, de não estarmos jogando em casa no Estadual, mas esse ano começamos muito bem o Brasileiro em casa e vamos aprendendo e evoluindo aos poucos.”
PEDIDOS PARA VOLTAR: “Conversamos bastante sobre a minha volta, conversei com o treinador, com a comissão, com os dirigentes, e isso dá uma confiança, de saber que a equipe está acreditando no seu trabalho. Os jogadores também pediram a minha volta, conversei com eles. Estamos com um grupo muito forte, jogadores que não vinham jogando estão entrando e dando conta do recado.”
MARATONA DE JOGOS: “O calendário é bem puxado, a equipe vai ter que rodar bastante, com um jogo atrás do outro. Num desses jogos perdemos o Danilo Barbosa por questão física, tem um desgaste muito grande, mas a mentalidade tem que ser a mesma, de pressão forte, ataque rápido, e assim vamos conseguir grandes resultados na temporada.”