Júnior Santos é um dos símbolos da volta por cima do Botafogo. Vencedor na vida, o atacante foi o artilheiro alvinegro na temporada e teve participações decisivas na Libertadores e no Campeonato Brasileiro. Ele descreveu seu sentimento após a vitória sobre o São Paulo, no último domingo, no Estádio Nilton Santos.
– Foi muito importante toda a nossa trajetória aqui no Botafogo. O começo de ano foi muito difícil mentalmente. A gente teve que construir isso jogo após jogo. Sabíamos que teríamos que fazer uma campanha excepcional para que o peso da frustração do ano passado não caísse sobre os jogadores. Nesse começo, eu consegui fazer grandes jogos com a camisa do Botafogo. A gente conseguiu se classificar na Libertadores. Eu fico muito feliz de poder ter feito parte dessa trajetória do Botafogo, ter sido importante junto com meus companheiros. Ser coroado com os títulos que conseguimos esse ano é algo que vai ficar marcado na minha vida, na minha carreira, na minha trajetória profissionalmente. Foi o auge que eu consegui atingir. Justamente com essa camisa do Botafogo, com tudo que representa a história do clube, para mim é algo que vai ficar marcado na minha vida – detalhou Júnior Santos, em entrevista ao SporTV.
O atacante foi decisivo na Libertadores, ao marcar o terceiro gol na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, em Buenos Aires.
– Quando eu entrei no campo, antes da partida rolar, na hora do hino, eu já comecei a ver a torcida. Comecei a imaginar justamente minha trajetória. Eu comecei a dizer, cara, isso é a mão de Deus em minha vida. Consegui conquistar o que eu conquistei. Consegui passar pelo que eu passei. E algo que foi determinante na minha evolução como jogador foi a atitude. Porque você chega com 23 anos sem nunca ter feito base, tudo o que eu pensava, o que eu faço nos campos de terra, o que eu faço na quadra, no futsal que eu joguei também, eu tenho que colocar dentro de campo, eu tenho que ter atitude. Ou eu vou para cima dos caras e consigo passar nos testes, onde eu passei, no Ituano, no Oswaldo Cruz. Ou, senão, eu vou ficar para trás. Então, isso me fez ir evoluindo, ir passando onde passei, ir conquistando os títulos que eu conquistei. Graças a Deus onde joguei consegui fazer gol, consegui ser destaque, consegui títulos no Japão, consegui títulos pelo Fortaleza. E agora consigo títulos de expressão com o Botafogo, acho que baseado em atitude. As oportunidades que Deus tem me dado, eu tenho conseguido abraçar. E, resumindo tudo isso em sete anos, é o meu sexto título, cara, é uma sensação que não dá para descrever. É muita coisa que passou, mas eu agradeço por tudo, por ter conseguido dar essa virada na minha vida – afirmou.
A força mental é um trunfos de Júnior Santos no Botafogo.
– Às vezes no futebol você não aparece tanto, mas você é um jogador importante para a equipe. Como aconteceu no ano passado, em 2024 o nosso psicólogo falou algo importante no início da caminhada, que era você encontrar o flow, eu faço uma aula sobre isso, que era quando a dificuldade se tornava grande, a pessoa que tem o poder, a confiança, de você se tornar extraordinário, é quando você vê os desafios grandes mesmo que aparecem. Então acho que nesse momento peguei isso muito para mim, até pela minha trajetória de vida, e consegui colocar isso dentro de campo. Com a confiança que o Botafogo me passou, as coisas começaram a acontecer. A gente começa a fazer as coisas dentro de campo, a confiança vai aumentando em você, você se sente realmente um jogador diferente. Então acho fazer as coisas naturais dentro de campo, os gols, me deu bastante confiança, até mesmo machucando, voltando, conseguindo fazer os gols. Essa confiança já existia, a torcida também me abraçou, me passou bastante confiança, ficaram eufóricos na minha volta, acho que tudo isso ajudou para coroar com tudo o que a gente conquistou esse ano – encerrou.