Artilheiro da Libertadores e autor do gol do título do Botafogo em cima do Atlético-MG na Argentina, Júnior Santos bateu um papo descontraído com Pedro Certezas no “TNT Sports” e admitiu que ainda não conseguiu ter a dimensão da conquista. Com uma linda história de vida, ele disse que nunca e imaginou jogando uma partida dessas.
– Você não acredita ainda. Você fala: “Há sete anos atrás eu estava vendo essa parada na TV, mano!” Eu acho que, você [Pedro Certezas] olhando talvez tenha a dimensão maior do que eu estou tendo. Só que eu fico pensando assim também: “Há sete anos atrás estava olhando os caras na TV”. Eu nunca imaginei que eu estaria no meio, meu irmão! – afirmou Júnior Santos.
– Se alguém voltasse no tempo e falasse: “Daqui a oito anos você vai fazer o gol de título da Libertadores do Botafogo e virar o maior artilheiro do clube na competição – perguntou Certezas.
– Eu ia responder: “Tá usando o quê, irmão? Tá louco? Eu?!?” – brincou.
Ídolo e figuraça, Júnior Santos ainda explicou como foi a comemoração do gol e negou que tenha tentado provocar Hulk, do Galo.
– Cara, eu nem sabia o que fazer. Eu tentei beijar o escudo, tirei a camisa… A galera achou que foi para provocar o Hulk, mas não foi, eu nem imaginei isso. Eu saí correndo, fui para beijar o escudo, apontei, tirei a camisa, quase dou “cambraiota”… Eu já tinha cansado, porque trombei com o cara, saí correndo, driblei, fui para a área, dei carrinho, saí correndo de novo, fiz o Hulk, queria dar “cambraiota” – afirmou o Anjo das Pernas Confusas.
Júnior admitiu que temeu pelo pior quando Gregore foi expulso com menos de um minuto de jogo.
– Quando o Gregore foi expulso, eu falei: “Não é possível que isso está acontecendo.” A gente estava ganhando do Palmeiras, já estava com a mão na taça, e a parada desmoronou. Tá ligado? Eu falei assim: “Mano, vai ser uma vergonha, para a gente perder esse título.” Só que eu falava que eu não iria baixar a cabeça. Se a câmera virasse para mim, eu ia fazer aquele movimento natural [cabeça baixa], só que eu me lembrava e erguia a cabeça. Na hora do pênalti, pegaram essa cena, eu ajoelho e começa a orar. O Tchê Tchê também ajoelha e começa a orar, pedindo em nome de Jesus para o Telles fazer o gol – contou.