Júnior Santos torce por permanência de Lucio Flavio e Joel Carli e detalha seu gol pelo Botafogo contra o Fluminense: ‘Treinamos muito esse facão’

Júnior Santos, do Botafogo
Reprodução/SporTV

Lucio Flavio e Joel Carli, técnico interino e auxiliar, têm o respaldo do elenco do Botafogo para permanecerem no comando. Em entrevista ao programa “Boleiragem”, do SporTV, na noite desta segunda-feira (9/10), o atacante Júnior Santos fez elogios à dupla.

Ainda não sei o que rola nessa parte interna entre diretoria e John Textor. Acredito que o grupo pensa assim, o Carli é um líder, um capitão, mesmo depois que saiu sempre teve contato conosco. Lucio fez parte da transição, na saída do Luís Castro e continuação com Caçapa. Tem algo que acontece durante a semana que acredito ser muito importante para o dia da partida. Tínhamos um estilo de jogo e uma forma de treinar em que nos sentíamos bem, à vontade, com prazer para ir para os jogos. Carli e Lucio Flavio conhecem a fórmula que deu certo. Já sabiam e foi o que fizeram. Conseguimos fazer durante o jogo. Torço para que permaneçam no comando, o grupo se sentiu confortável e confiante com eles. Queremos que fiquem para dar continuidade e o grupo dar resposta dentro de campo também – explicou Júnior Santos.

O jogador foi um dos destaques da vitória do Botafogo por 2 a 0 sobre o Fluminense, domingo, no Maracanã, pela 26ª rodada do Brasileirão-2023. Chamou atenção a movimentação no lance do seu gol, que abriu o placar.

Treinamos muito esse facão entre o Marcelo e o zagueiro. É uma característica minha, buscar as costas do adversário. Durante o jogo, percebi marcação dobrada no Tiquinho, faço esse movimento e vou para cima do Tiquinho, porque sabia que os zagueiros iam se preocupar com ele e eu teria espaço mais frontal para finalizar. Faço facão em direção ao gol, Tchê Tchê dá belo passe e consigo fazer o gol – disse.

Tínhamos treinado bastante esse movimento nas costas do Marcelo, entre o lateral e o zagueiro. No movimento que faço vou bem para o meio, para a posição do Tiquinho e dou essa volta, porque a linha deles estava muito alta. Se a bola fosse lançada nas costas, como tenho velocidade, dificilmente o zagueiro conseguiria acompanhar. Sabia que os defensores não iam deixar o Tiquinho receber sozinho, porque ele consegue receber muito bem e gerar espaço – acrescentou.

🎙️ Leia outras respostas de Júnior Santos:

Vitória sobre o Fluminense


– Nessa mudança de comando, conseguimos fazer um grande jogo ontem, dar uma resposta tanto para o torcedor quanto para a galera de fora que estava eufórica com o momento de baixa. Coincidentemente, fizemos um grande jogo, fico feliz com gol e assistência. Sobre Carli e Lucio, já estão dentro do clube, tem convivência, conhecem as características, para eles foi meio que dar seguimento. E conseguimos fazer um grande jogo.

Como era com Lage


– Temos o dia a dia de convívio, sempre estamos conversando, colocando nossos pensamentos, o que podemos ajudar quando as coisas não estão bem. Ele ouvia, é uma pessoa boa, não tenho nada a falar contra ele. Tentou colocar o que pensa do futebol, passou por grandes clubes, só que as coisas não aconteceram, não deram certo. Não encaixou. A direção do clube decidiu pela não permanência dele no clube. O Lucio está no comando, deu bela resposta nesse clássico de ontem.

Falta de sequência e papel de Lucio Flavio


– Nada para falar contra o Bruno Lage, deixou coisas boas, mas no decorrer da temporada eu jogava alguns jogos, saía, mas não era constante como no início do campeonato. Perdi um pouco a confiança. Lucio Flavio me chama na sala, fala que vou jogar, fala para fazer o que sei, me deu liberdade, consegui corresponder com gol e assistência. Fiquei feliz, o grupo me ajudou bastante, estamos unidos para conseguir esse título. Foi muito importante a resposta que o grupo deu nesse jogo.

Papo de Bruno Lage após entrevista em que entregou cargo


– Tivemos uma conversa, ele nos chamou para conversar e falar sobre o que tinha dito. Afirmou que estava fechado com o grupo, com o pensamento no Botafogo e em ficar no Brasil. Recebemos muito bem, não teve treta ou desavença. Até quando John Textor decidiu trocar o comando ele foi lá e se despediu pessoalmente. Falou que a visão dele foi nos proteger, foi a explicação que nos deu. Seguimos nosso trabalho até onde deu.

Barração de Tiquinho


– Ficamos um pouco surpresos pela escalação. Ele testou várias formações, colocou o Diego Costa também, grande jogador. Só que o Tiquinho tem um peso dentro de campo. Esse peso fez com que na hora do aquecimento trouxesse um ambiente, a torcida começou a gritar o nome do Tiquinho, imaginamos que poderia acontecer. Foi um divisor de águas, por tudo que aconteceu e estava envolvido, por ser o Tiquinho, pelo que está fazendo no campeonato. Trouxe uma atmosfera a mais fora de campo, foi algo que mexeu.

Júnior Santos é de grupo


– Sou aquele cara que está em todos os lugares. Estou no meio dos paraíbas, daqui a pouco estou falando portunhol sem entender nada. Outro dia estava falando com o Diego Hernández, ele disse que falo muito espanhol (risos). Estou com todo mundo, no meio da galera. Baiano tem o molejo, tem a resenha.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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