Laterais-esquerdos do Botafogo exaltam legado de Nilton Santos: ‘Foi desobediente e revolucionou a posição’

Laterais-esquerdos do Botafogo exaltam legado de Nilton Santos: ‘Foi desobediente e revolucionou a posição’
Reprodução/Botafogo TV

No dia do centenário de Nilton Santos, os laterais-esquerdos do atual elenco do Botafogo participaram de um programa especial da TV do clube sobre a Enciclopédia do Futebol. Alex Telles, Marçal e Cuiabano exaltaram o legado do ídolo, maior jogador da posição de todos os tempos.

– Ele revolucionou a posição, e isso de uma certa forma passa de geração para geração. O futebol também vai mudando ano a ano, mas a posição, a essência, a base das posições ficam e, com certeza, ele é esse pilar da posição, revolucionou na forma dele. Hoje o que a gente faz no campo a nível tático, a nível físico com certeza tem muito do Nilton Santos, porque a gente sabe o quanto ele fez, não só para o Botafogo, mas na Seleção Brasileira. Eu fico muito feliz também de ter essa coincidência com ele, de poder ter jogado tanto no Botafogo quanto na Seleção Brasileira e na Copa do Mundo, isso me deixa orgulhoso e muito feliz – disse Telles.

– Ele mudou essa característica. Era quase um zagueiro-lateral, ele mudou um pouco mais essa função. Querendo ou não, a deixou mais ofensiva. Eu não vi jogar, mas contam muita história, já pesquisei sobre também. Então é muito bacana isso, a gente tem só a crescer com isso – falou Cuiabano, um pouco mais tímido em frente das câmeras.

Mais experiente do trio, Marçal também exaltou a importância de Nilton Santos e até brincou com um fato curioso do ídolo, que foi o primeiro lateral-esquerdo a se aventurar com mais frequência no ataque, algo quase proibido na época.

– A gente tem uma reclamação para fazer (risos). Se ele não tivesse feito isso, seria muito mais fácil jogar… Não passar do meio-campo? Seria tranquilo, só marcar e fazer os outros jogarem (risos). Ele foi desobediente e, de fato, revolucionou, mas também tinha muita qualidade para fazer isso. A exigência para você hoje ser um jogador, ser um lateral, tanto direito quanto esquerdo, vem disso. Essa desobediência hoje é uma exigência. Hoje você tem que defender bem, a gente vê nos lances o Nilton Santos chegando firme, raramente dava carrinho, mas chegando muito firme, até porque tinha muito físico, chegava sempre muito inteiro na bola, mas depois sabia roubar e sabia o que fazer. A qualidade que ele tinha é o que se exige hoje – falou Marçal.

Fonte: Redação FogãoNET e Botafogo TV

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