O lateral Maximiliano Olivera, do Peñarol, lamentou o que chamou de “questões políticas” ao falar sobre a eliminação para o Botafogo na semifinal da Libertadores-2024. Ele se referiu à mudança do jogo para o Centenário, algo acarretado pelo discurso bélico praticado pelos próprios dirigentes do clube uruguaio.
Depois de levar 5 a 0 no Rio de Janeiro, o Peñarol venceu o Botafogo, que poupou cinco titulares, por 3 a 1 nesta quarta-feira, deixando a eliminatória em 6 a 3 para os alvinegros.
– Hoje ficou demonstrado que o elenco estava com sua máxima força, no primeiro tempo passamos por cima deles. Se foi assim aqui (no Centenário) imagine no nosso campo onde nos sentimos confortáveis, as pessoas estão mais próximas e se fazem sentir mais. Mas são essas questões políticas que me irritam, porque a gente quer jogar futebol e sempre tem política envolvida, e quem tem mais força é quem acaba levando as coisas do jeito que quer – disse.
– O que aconteceu no Brasil foi fatídico e não temos que falar mais nada. Acho que fomos superiores a eles em muitos momentos. Superamos o time deles, merecíamos ter marcado mais um gol, mas não foi suficiente e essa é a tristeza que temos agora – completou, na zona mista.
A partida aconteceria no Campeón del Siglo mas, após discursos bélicos do presidente do Peñarol, Ignacio Ruglio, enervando seus torcedores após a detenção de 21 uruguaios no Rio por conta do quebra-quebra no Recreio na semana passada, o próprio governo uruguaio proibiu a presença de torcedores do Botafogo no estádio.
A Conmebol lembrou que isso não é permitido pelo regulamento, e ameaçou realizar o jogo com portões fechados ou então mudar de local. A opção encontrada pelas autoridades do Uruguai foi levar a partida para o Estádio Centenário, com a presença de ambas as torcidas.