Convocada a prestar depoimento na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas nesta quarta-feira (5/6), Leila Pereira, presidente do Palmeiras, foi perguntada sobre a arbitragem no futebol brasileiro. O senado Romário perguntou se ela confia no VAR.
– Sim, confio. O problema é o seguinte. O Palmeiras já teve problemas sérios com o VAR, todos podemos lembrar que em 2022 não foi traçada uma linha de impedimento que prejudicou o Palmeiras de forma objetiva. Acredito no VAR, mas acredito que existem erros, pessoas precisam ser mais capacitadas. Acredito que a CBF e o diretor de arbitragem estão trabalhando e muito para melhorar cada vez mais a nossa arbitragem. O VAR tem que continuar, mas precisamos habilitar as pessoas que manejam o VAR – afirmou.
A dirigente ainda foi perguntada sobre sorteios de arbitragem e revelou como trata quando considera que houve erros contra seu clube.
– Com relação a forma de escolha de árbitros, não refleti ainda, você poderia conversar melhor isso com (Wilson Luiz) Seneme (presidente da comissão de arbitragem da CBF). Ele é a melhor pessoa para conversarem sobre isso. A questão não é de sorteio, de árbitro mal-intencionado ou afastamento. A solução é punição. Se há prova cabal, tem que ser punido. Já tive problema no Palmeiras, mas nunca desconfiei de manipulação ou de erro proposital. Houve erros. Um objetivo, na Copa do Brasil, e diversos erros que achamos que foram erros, mas são subjetivos. Adotei como presidente do Palmeiras, porque é muito comum dirigente ir para a imprensa, gritar e fazer show, não faço isso. Eu pego o avião, vou para o Rio de Janeiro e converso com a CBF. É nosso procedimento e vai continuar sendo assim. Sei que o torcedor acha que a presidente não fez nada, porque não deu chilique na imprensa, mas acho que não é esse o caminho. Converso com as pessoas que estão lá para observar se houve erro. Tanto que alguns árbitros são afastados para reciclagem, esse acho que é o melhor caminho – disse Leila Palmeiras.