A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, criticou os jogadores que protestaram contra os gramados sintéticos no futebol brasileiro. O movimento foi encabeçado por atletas veteranos, como Neymar, Thiago Silva, Philippe Coutinho e Gabriel Barbosa, neste começo de 2025.
– Normalmente os atletas que reclamam são mais velhos, eu até compreendo que eles querem prolongar ainda mais a vida profissional deles, então eles acham que isso pode encurtar a vida útil deles como atleta. Mas normalmente são atletas que já deveriam ter parado de jogar futebol ao invés de ficar reclamando do gramado. Levando em conta que no Brasil a realidade é outra, se os gramados europeus são tão bons, ótimo, fiquem lá, não venham para cá. Eu me refiro aos jogadores que fizeram aquele manifesto, sem comprovação científica absolutamente nenhuma, de que gramado sintético é prejudicial à vida do atleta – disse Leila, após participar da reunião do Conselho Técnico da Série A nesta quarta-feira (12/3), na sede da CBF.
A Comissão Médica da CBF apresentou um estudo sobre o gramado sintético aos clubes nesta quarta. Foi formado um conselho (que terá representantes de Flamengo, Palmeiras, Fortaleza, Internacional, São Paulo e Vasco) para debater o tema, que não terá nenhuma deliberação para a atual temporada.
– Foi falado sobre o gramado sintético, o doutor (Jorge) Pagura fez uma bela apresentação, era o estudo que a CBF fez sobre a diferença de um gramado para outro. E, concluindo, não existe nenhuma comprovação de que o gramado sintético causa qualquer dano para o atleta. Mas não houve votação se o gramado sintético sai, houve um compromisso do Conselho Nacional de Clubes de aprofundar nesse assunto e chegar a uma conclusão onde todos os clubes sejam atendidos. Porque, gente, o problema é o seguinte: não é possível você comparar gramados europeus com a situação brasileira, é muito melhor você ter um gramado sintético de primeira linha do que jogar em gramados naturais esburacados. Isso é uma coisa óbvia. A gente tem que discutir, sim, a qualidade dos gramados no Brasil, não se o sintético é melhor do que o natural – explicou Leila.