A exemplo do que fez quando levou 4 a 1 do Botafogo, Flamengo pede fair play financeiro e quer fim de gramados sintéticos

Igor Jesus e Bruno Henrique em Botafogo x Flamengo
Reprodução/Premiere

O Flamengo voltou a pedir fair play financeiro, assim como fez quando foi goleado por 4 a 1 pelo Botafogo em 2024. Na ocasião, a reclamação foi do então presidente Rodolfo Landim. O clube rubro-negro quer a implantação de um sistema de regulação no futebol brasileiro e apresentou sugestões à CBF.

Em nota oficial, o clube disse “participar ativamente das discussões sobre o Sistema de Sustentabilidade do Futebol (SSF)” e fez uma série de pedidos à CBF, argumentando que seu compromisso “transcende os números, dedicando-se ao esporte, à competição justa e a um fair play que represente os verdadeiros princípios do futebol”.

O clube rubro-negro quer até mesmo o fim do gramado sintético no futebol brasileiro, o que prejudicaria clubes como Botafogo, Palmeiras, Atlético-MG e Athletico-PR.

Leia algumas propostas do Flamengo:

Tratamento de clubes em RJ/REJ: impedir que clubes utilizem o período de não pagamento de dívidas (entre a decretação da RJ/REJ e a homologação do acordo) como vantagem competitiva, bloqueando o registro de novos atletas neste período e perda de pontos.

Definição ampla de custos: controlar não apenas a “folha salarial” (CLT), mas também o custo total do elenco, incluindo direitos de imagem, luvas, bônus, comissões de agentes e impostos.

Bloqueio de brechas contábeis: impedir que custos do futebol profissional masculino sejam “maquiados” como investimentos em categorias de base ou em futebol feminino por meio de rateios fictícios.

Controle de caixa mínimo: Implementar indicadores antecedentes, como a necessidade de capital de giro saudável, para prevenir crises de liquidez.

Transações com partes relacionadas: desconsiderar ou limitar transações entre partes relacionadas (ex.: clube e empresa do mesmo dono) que possam inflar as receitas ou ocultar os custos. Aportes de capitais, por exemplo, não devem ser contabilizados como receita recorrente.

Uso de ratings: adotar um sistema de classificação (como o utilizado por consultorias especializadas), no qual clubes com melhor gestão (classificação elevada) tenham mais margem de manobra, criando um incentivo à boa governança.

Sanções eficazes: focar as sanções na restrição de janelas de transferência, e que estas sejam cumpridas integralmente, mesmo que a causa da punição seja sanada, para desestimular a procrastinação.

Implementação do “Teste de Proprietários e Dirigentes”: criação de uma avaliação composta por regras e critérios para determinar se os novos (ou potenciais) proprietários e dirigentes de um clube são aptos para o cargo. O objetivo é proteger a imagem e a integridade da competição e dos clubes, assegurando que os indivíduos que gerenciam ou adquiriram clubes sejam confiáveis e tenham capacidade financeira comprovada.

Exequibilidade Efetiva do Sistema: implementar uma governança aparelhada para executar punições automáticas, com base em dados factuais e financeiros, incluindo a aplicação de punições e restrições.

Proibição de Gramados Artificiais: os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas.

Fonte: Redação FogãoNET

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