Em julho de 2024, o TNT Sports publicou entrevista em que Tchê Tchê afirmava que seu maior sonho era ser campeão da Libertadores. Em novembro, o objetivo foi alcançado. O Botafogo conquistou a taça ao vencer o Atlético-MG por 3 a 1, em Buenos Aires, no último sábado.
– Primeiro, agradecer muito a Deus. Não tem nem como explicar isso que eu estou sentindo hoje. Quem é mais próximo de mim sabe o quanto eu almejei, o quanto eu desejava esse título. Era o que faltava. Então, tudo que eu pedi para Deus, eu consegui realizar – destacou Tchê Tchê, na zona mista após a partida.
“Líder silencioso” do elenco, o volante tem o futuro indefinido, por ter contrato até o fim do ano, mas reforça a ligação com o Botafogo.
– Bom, particularmente, eu odeio falar da minha pessoa. Eu prefiro que as outras pessoas falem. A minha força vem da família, vem de Deus. Eu sou um cara que sou totalmente dependente da vontade do Senhor. Então, como eu disse, eu agradeço muito a Deus porque tudo que eu sonhei quando era criança eu realizei. Sempre quis jogar em clube grande, sempre quis que o estádio estivesse lotado com uma atmosfera maravilhosa, assim como foi na final. Queria ganhar uma Libertadores, queria ser campeão brasileiro, já tenho três. Agora a Libertadores tão sonhada, então é só agradecer mesmo. Sobre o Botafogo, as pessoas falam muitas coisas que não sabem, eu nunca me pronunciei, a única vez que eu falei foi naquela entrevista. Não tenho muito para falar, todo mundo sabe que eu sou muito identificado, que eu tenho um carinho gigantesco pelo clube, isso daí sempre ficou claro. Então, é só agradecer a todos os jogadores mesmo, à comissão, são pessoas maravilhosas. Isso que me impulsiona a ser um dos líderes silenciosos do grupo. Tem o Marlon (Freitas) que fala tão bem que consegue motivar todos. Eu venho de outra maneira, eu sou o cara mais reservado para as câmeras, mas dentro do clube, eu sou o chato, eu sou o que gosta de zoar todo mundo, que está sempre na resenha liderando, então é isso – disse o volante, que refutou o sentimento de resposta aos críticos.
– Não, não é resposta. A gente trabalha pelo pessoal do clube, pelas nossas famílias, e em momento algum a gente entrou em polêmica, mesmo apanhando durante quase um ano. Quem acompanha sabe o quanto é difícil, se você se deixar levar para a crítica ou para o elogio, você vai estar indo para o caminho errado. O caminho certo é trabalhar, é confiar no trabalho que é feito arduamente todos os dias. Então, não diria que é uma resposta não, é fruto de trabalho, tudo o que o pessoal demonstrou hoje, a gente como equipe. O Gregore também não merecia ficar marcado por uma coisa assim, a gente sabe que nesses jogos decisivos o pessoal gosta de eleger um vilão e um herói, então na hora que teve o tempo de fechar, a gente foi ali e conversou que tinha que correr pelo Gregore, não podia fazer falta esse um a menos, até por tudo que ele vem fazendo na temporada, ele não merecia ficar marcado assim. E, de novo, Deus é muito bom e deu tudo certo – acrescentou.
Outro tema que Tchê Tchê preferiu evitar foi a classificação para a Copa Intercontinental e o Super Mundial de Clubes.
– Bom, acho que no momento a gente tem que desfrutar, a ficha vai demorar a cair ainda, como eu disse, isso é um sonho de uma carreira inteira, desde criança eu sonhava em chegar em uma final de Libertadores, em conquistar esse título. Eu me imaginava levantando uma taça ali, depois de a gente ter chegado na final, aí sim, como um dos capitães da equipe, mas meu sonho sempre foi ter uma foto com a taça, ter a foto com a família junto ali com a taça. Então, estou muito feliz. Tem mais ainda, né? Vamos lutar por mais – concluiu.