Apesar de a imprensa negar a existência, seguem surgindo histórias de mala branca no futebol nacional. Desta vez, Lisca, técnico do Ceará em 2018, afirmou que o clube recebeu incentivo do Palmeiras para atrapalhar o Internacional, no Campeonato Brasileiro daquele ano.
– Sempre chega via jogadores (mala branca). Em 2018 recebemos, eu estava no Ceará. Jogaríamos contra o Inter, e o Palmeiras ofereceu mala branca, pagou aos jogadores. Recebemos e na hora da divisão foi uma confusão, a mala branca mais atrapalhou – disse Lisca, à “Cazé TV“.
– Os jogadores naquela época falaram que seria só nosso. Só atrapalhou, atrapalhou no jogo, porque os jogadores deram tudo contra o Inter e no jogo seguinte todo mundo com tanque vazio (risos). Foi ruim (a experiência), a gente empatou o jogo, achei que era só para ganhar o jogo, mas na verdade era para empatar, também. Foi a única experiência que tive e não foi muito legal. Depois que eu soube que ela é proibida, eu procuro não participar – explicou.
O Ceará não se pronunciou oficialmente ao assunto, mas uma fonte disse ao site “GE” que houve a mala branca e a confusão interna foi pela forma e distribuição. Já o Palmeiras nega ter enviado e garante que “se pauta por condutas éticas”.
Mala branca é proibida no futebol brasileiro e pode gerar punição no STJD. De acordo com o artigo 242 do CBJD, “dar ou prometer vantagem indevida a membro de entidade desportiva, dirigente, técnico, atleta (…) para que, de qualquer modo, influencie o resultado de partida, prova ou equivalente” pode gerar multa de R$ 100 a R$ 100 mil e suspensão de 180 a 360 dias”.








