Ídolo, Loco Abreu foi questionado pelo apresentador André Rizek no programa “Seleção SporTV” da quinta-feira sobre se gostaria de enfrentar Deyverson do outro lado. O centroavante do Atlético-MG costuma fazer provocações, como no empate com o Botafogo pelo Campeonato Brasileiro, gerando respostas do técnico Artur Jorge.
Loco Abreu disse que “adoraria” ter de jogar contra Deyverson e ressaltou a confiança em Alexander Barboza, zagueiro do Botafogo, visando a final da Libertadores no próximo sábado em Buenos Aires.
– Eu adoraria, né? Porque eu ia conseguir aquele clima de jogo, de confusão, de disse-me-disse, mas continuaria focado no jogo. Se eu tenho o Barboza atrás, fico tranquilo. Era só olhar para trás e falar: “Gringo, é contigo!”. E aí já sei o que vai acontecer. É o bom de você ter zagueiros desse jeito. Eu ia falar: “Não briga, não fala, só faz o que tem que fazer. Nas divididas, vai. Chega perto dele que ele já sabe que é um zagueiro duro, zagueiro forte” – disse Loco Abreu.
– Esse tipo de zagueiro, além da qualidade, também tem a personalidade. E a personalidade nesse tipo de jogo é fundamental. No dia do jogo há microclimas de jogos e na parte emocional, quando o time tem a queda, você precisa ter esses três, quaro caras que arrumam o time, começam a falar: “Tranquilo, vamos juntar” e aí começa a dar certo. Tem outro time que tem muita qualidade, mas não tem essa personalidade, e tem uma queda e não consegue sair, toma gol e aí é pior, começa a loucura, não fica focado no que tem que fazer e aí o outro time tira vantagem – completou.
Loco Abreu acredita que as campanhas no Campeonato Brasileiro podem sim influenciar na decisão. O Botafogo lidera a competição e vem de uma grande vitória sobre o Palmeiras dentro do Allianz Parque, enquanto o Atlético-MG não sabe o que é vencer um jogo há dez partidas.
– Os dois vestiários chegam totalmente diferentes. Os caras do Atlético, tomando chimarrão, suco, estão pensando: “Vamos lá, hein? Já perdemos uma final, no Brasileirão largamos, mas está mal, vamos acertar”. Do outro lado: “Gente, está ótimo, estamos muito bem, é continuar assim, não tem nada para falar”. Isso muda. Dúvida de um lado, certeza do outro. Futebol é engraçado, é esquisito, a bola bate na trave, pega na nuca do goleiro, é gol e vira o melhor time da história, mas nós ali dentro sabemos quando estamos mal e quando estamos bem – ressaltou.