Embora ainda não se saiba exatamente o teor completo das denúncias de John Textor sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro, o comentarista André Loffredo usou o tema inteligência artificial para falar da derrota do Botafogo por 3 a 1 para o Junior Barranquilla (COL), pela Libertadores-2024. Para ele, o lateral-esquerdo Hugo e o atacante Júnior Santos tiveram atuações abaixo da média deles.
– Acho que o principal problema do Botafogo é o sistema defensivo, que mudou inteiro. O goleiro, não é que seja novo, mas não é o mesmo da temporada da passada e está abaixo dele. Não que seja ruim, é histórico, mas está abaixo. E aí vem defesa que claramente é pior que do ano passado – começou Loffredo.
– Mateo Ponte fica quase o tempo todo como titular, sendo atacado e mostrando que não tem qualidade para ser titular desse time – adicionou Luiz Teixeira.
– Teve de dupla zaga abaixo. E do lado esquerdo se a inteligência artificial fosse analisar as movimentações do Hugo ontem, o que poderia apontar é que estava fora do seu padrão normal. Só que não, ele jogou mal. Se quiser criar teoria da conspiração, dá em todos os jogos do futebol brasileiro. O Hugo foi mal, como muitos jogadores jogam abaixo do potencial, da capacidade, do que se espera. Não dá para fazer análises de jogos assim. Tem que ser muito além disso – disse Loffredo.
O comentarista ainda citou Junior Santos.
– O Botafogo esteve bem abaixo. É outro jogador que se inteligência artificial fosse analisar só essa partida ia falar está fora do padrão dele, vem de oito gols, ontem não pegou na bola. Ele é acionado de várias maneiras. “Ah, teve menos espaço para correr”, verdade, até porque o Junior (Barranquilla) fez gol com menos de 15 minutos, iria explorar contra-ataque e não dar espaço. Mas ele tem outras características além de jogar em velocidade. Achei bem fora do padrão – apontou.
Já Luiz Teixeira preferiu analisar o jogo de forma mais simples.
– O Botafogo foi alvo da principal arma dele, transição rápida e contra-ataque. Nas três possibilidades, o Junior decidiu o jogo. Se pegar só o recorte do primeiro tempo, os números do Botafogo vão lá embaixo, porque só acordou no segundo tempo. Foi picado pelo próprio veneno, porque o Junior jogou como o Botafogo gostava nos melhores momentos, com transição rápida, velocidade, explorando as costas dos laterais – completou Luiz Teixeira.