O Botafogo fez a maior contratação da história do futebol brasileiro em termos de valores (cerca de U$ 25 milhões por Thiago Almada). Entretanto, o comentarista André Loffredo, do “SporTV News”, não vê desta forma. Ele fez questão de ressaltar a participação da Eaglle Football, de John Textor, na negociação.
– O processo de desenvolvimento mais o que se espera transformam o jogador nesse valor. Vai ficar como a maior transferência da história do futebol brasileiro, até a próxima, mas não é, porque não é uma transferência para o futebol brasileiro. Está sendo contratado para grupo internacional que tem times na França, Inglaterra e no Brasil. A princípio joga no Brasil, mas existe a possibilidade de jogar em breve na França. É um grupo contratando o jogador e colocando no Brasil. Com essa questão da SAF, principalmente essas que têm ligação com times internacionais, fica difícil medir quem está contratando – argumentou André Loffredo.
A apresentadora Mariana Fontes e o comentarista Luiz Teixeira preferem analisar pelo lado positivo.
– Vocês veem um enorme problema nisso? Eu de verdade não vejo. Acabamos de ver o Giay no Palmeiras, fala que prefere o Palmeiras ao Atlético de Madrid. Chega para brigar pela vaga. Claro que ele sabe que aparecendo no Palmeiras vai ter holofote enorme. Não é a mesma coisa? Qual o problema? Vejo até pessoas fazendo piadas de clube-satélite – disse Mariana Fontes.
– Isso é piada de quem não tem o poder financeiro para trazer os jogadores. Pergunta para quem fez a piada se não queria o Almada em mata-mata da Libertadores? Alguém vai reclamar? Só o time que perder – ponderou Luiz Tiexeira.
Loffredo explicou seu ponto de vista.
– É a mesma (coisa). Tanto ele (Giay) quanto Almada sabem que para jogar na seleção argentina vão ter que jogar na Europa. Não tem nenhum jogador da seleção argentina convocado jogando no Brasil. A seleção argentina nem olha, nem pensa em olhar para os jogadores que estão aqui. Eles sabem que têm que jogar na Europa para ir para a seleção argentina. E eles querem jogar na Europa porque querem jogar na Europa, não há nenhum problema. Se derem contribuição esportiva, mesmo que de seis meses, não vejo problema – afirmou Loffredo.
– Não tem o menor problema, podem dar contribuição esportiva muito grande, mas só para localizar isso de negociação mais cara da história do futebol brasileiro, vale colocar o asterisco. Acontece porque é grupo internacional fazendo essa contratação. E digo mais, esse grupo internacional não põe dinheiro onde ele não vai tirar depois. Por isso quer que dê certo também esse período, seja de seis meses ou ano. E tem muita chance de funcionar. Jogadores medianos inseridos em grupos bem desenvolvidos costumam dar certo, jogadores acima da média, como é o caso dele, a chance de dar certo é muito grande – completou Loffredo.