O Botafogo está em evolução? A declaração de Luís Castro após a vitória por 3 a 1 sobre a Portuguesa, nesta segunda-feira, pela semifinal da Taça Rio, incomodou o comentarista André Loffredo. Para ele, a premissa não é verdadeira.
– O time joga pior que o ano passado e está em evolução? Sendo o mesmo técnico e o mesmo time. Não dá para engolir essa história de time em evolução não – criticou Loffredo, no programa “SporTV News”.
– O gol do Victor Cuesta só sai porque é uma tremenda falha da defesa da Portuguesa, bola baixa que passa na área. Cuesta é um jogador de nível maior que esse. Acho que vários jogadores do Botafogo são de nível superior a esse que está sendo apresentado. Já vimos times que falávamos daí não vai sair nada, desse falamos que há jogadores que jogam mais que isso. Tem muita responsabilidade do técnico, que não conseguiu pegar um time que quase chegou à Libertadores e fazer se classificar no Campeonato Carioca e não dar susto na Copa do Brasil. Teve dificuldade conta a Portuguesa, foram jogos equilibrados – acrescentou.
O jornalista Luiz Teixeira também considera que o Botafogo está devendo.
– A gente vê o 7 a 1 sobre o Brasiliense, e o discurso é o mesmo. O resultado passou longe do que foi o desempenho. Ontem foi parecido com placar menor. Viu-se dificuldade no início da partida, se não fosse Eduardo para dar o mínimo de técnica e direcionamento, seria complicado. Taça Rio serve para buscar alternativas e tentar potencializar jogadores, além de confirmar vaga para a Copa do Brasil do ano que vem, que faz parte do planejamento orçamentário. Mas no campo e bola está difícil encontrar evolução, por isso se estranha a coletiva do Luís Castro. É óbvio que não ia falar que o time está mal, deixar explícito, mas estamos longe de enxergar qualquer tipo de evolução – pontuou Luiz Teixeira, que não vê o calendário como razão.
– Não vejo como justificativa. Não dá para o Botafogo, com o investimento que tem, ficar de fora de fase final de Carioca e sofrer no desempenho na Taça Rio, tendo discurso de evolução. Óbvio que não teve pré-temporada como Luís Castro gostaria, assim como outros times. Castro tem que encontrar justificativa para o insucesso e coloca o calendário, que é incomum na vida dele, por mais que tenha um ano no Botafogo. O Estadual é algo estranho na rotina de um profissional com mais de 30 anos de carreira – completou.
